Multiverso do Terror - Paradoxo do Tempo
- Publicado por:
- Nathalia Campanha
A história que irei contar é sobre um casal apaixonado com um destino infeliz. O tempo, ah o tempo, é tão cruel. E foi tão cruel com esses garotos, que só queriam amor. Prestem bem atenção, como eu disse, minha paciência tem limite, e eu não irei contar essa história mais de uma vez.
1. Norman
Eu havia voltado para casa, Jenna precisava de um novo equipamento de som para a festa que ela estava planejando para o fim de semana. Na minha opinião, aquela festa iria bombar.
Enquanto eu juntava o meu próprio home theater, meu Galaxy S5 começou a tocar. Estranhei. Quem me ligava era Jenna.
- oi linda. - atendi.
- Norman, onde você está?
- em casa, pegando o home theater. Por quê?
- seu filho da mãe! Foge e me deixa aqui, seu filho de uma... - essa foi a minha resposta.
- opa! Calma Jenna. O que aconteceu? - perguntei.
- não se faz de desentendido! Volta aqui agora!
- voltar? Voltar pra onde?
- pra mansão dos Van Pines, cabeça de vento!
- o.k., estou a caminho.
Desliguei o telefone, e larguei o home theater pra lá. Peguei o carro e fui até a mansão dos Van Pines, tataravôs já mortos há anos de Jenna. Queria muito saber por que ela estava tão brava, e por que queria me encontrar lá. Talvez queria dar uns amassos sem ser na frente da galera que estava ajudando na preparação da festa. Garota complicada.
2. Jenna
- estou ficando preocupada com o Norman, Alisson. - eu reclamava.
Eu e meus amigos estávamos na minha casa, preparando tudo para a festa do fim de semana. Eu havia pedido á Norman, meu namorado, que pegasse o equipamento de som dele para nós usarmos. Ele havia ido fazia algum tempo e não voltara ainda.
- ah, qualé, Jenna, é o Norman. Ele sabe se virar. - retrucou Alisson.
Alisson era irmã mais nova de Norman.
- mas ele está demorando tanto. - eu insisti. - e é sexta-feira 13, Al.
- você e suas superstições. - riu Alisson. - a nossa casa dá pra ir a pé. Vai lá ver se ele tá bem, vai, Jenn.
- talvez seja uma boa ideia... - eu disse, afinal. Peguei minha bolsa e fui subindo á rua, na direção da casa de Norman, que ficava um pouco mais longe da mansão dos meus tataravôs, os Van Pines, onde minha família prefere não morar mais.
3. Norman
Parei o carro em frente ao portão de ferro retorcido da mansão Van Pines. Desci do carro e fiquei esperando pro um bom tempo, mas nada de Jenna.
- aaaaaah! - gritei para o nada. - ela marca e ela não vem! Deus, eu vou embora.
Enquanto eu abria a porta do carro, ouvi um berro esganiçado da voz de Jenna, vindo da varanda da mansão. Me virei para olhar. Era mesmo ela.
- Norman! Por favor, volta aqui! Me ajuda! - ela gritava.
- Jenna? - eu gritei de volta. - como foi que você...
- ele está voltando! - essa foi o grito que recebi como resposta. No mesmo instante que gritou isso, Jenna voltou para dentro.
Meu deus, que noite confusa, pensei.
Enquanto me preparava para escalar o portão da mansão, a voz de Jenna falou ás minhas costas:
- hey, só tem velharia aí, não vai achar nenhum equipamento de som.
Virei para trás, amedrontado. Jenna estava bem á minha frente. E era mesmo a Jenn. O vestido preto de bolinhas cinza tomara-que-caia, scarpins pretos, a trança jogada para o lado, olhos cinzentos... como ela fez isso?
- que... como... quando... onde? - eu balbuciei.
- o que foi, Norman? Parece que viu um fantasma.
O que estou vendo é muito pior, pensei.
- o que você tá fazendo aqui? - eu perguntei, afinal.
- eu estava preocupada com você, você estava demorando com o som, e eu fui subindo a rua para ir até sua casa e achei você escalando a mansão da minha família. - explicou Jenna.
- m-mas então por que você me chamou aqui? - perguntei.
- eu não te chamei aqui. - disse Jenna calmamente.
Antes que eu pudesse processar aquela informação, eu disse:
- Jenn, meu amor, tem uma menina idêntica a você gritando por ajuda dentro da mansão.
- idêntica a mim? - Jenna pareceu confusa por um momento. Mas sacudiu a cabeça e disse: - deve ser coisa da sua cabeça. Mas vamos checar.
Ajudei Jenn a pular o portão e depois pulei. Andamos silenciosos pelo jardim imenso até chegarmos á grande porta de entrada, que Jenna empurrou. Estava aberta.
- Que estranho. - eu disse. - bem, vamos entrando...
Nesse exato momento, dois corvos saíram voando de dentro da mansão, trombando em nós dois.
- que estranho. - repeti. - agora, vamos entrar.
4. Jenna
Há muitos anos a minha família não morava mais naquela mansão. Havia rumores de que a mansão era assombrada pelo fantasmas dos meus ancestrais, mas pra mim, aquela mansão tinha algo de muito pior. Eu podia sentir, aqui no fundo.
A mansão era de 1850, então dá pra imaginar a quantidade de peças clássicas do século 19 que havia lá. Era tudo muito raro, então não quisemos vender nada, e nem tocar em nada. O casarão está intocado desde que os últimos Van Pines moraram nele.
- esse lugar me dá arrepios. - eu disse.
- qualé, Jenn. Não tem nada demais aqui. - respondeu Norman, cético como sempre.
- enfim. - eu quis mudar de assunto. - onde tava a garota que você falou que parece comigo?
- lá pelo quinto andar, na varanda.
- ok. Eu fico aqui em baixo para ver se tem alguém aqui e você sobe e vê se acha ela.
- ok.
Norman havia começado a subir a escada, quando se virou e disse:
- Jenna, não tem que ter medo. Eu estou aqui. E isso é só um monte de superstições.
- Nor... - fui interrompida por um barulho arrastado. - o que foi isso?
- parece alguém empurrando...
- cuidado! desce daí! - eu o interrompi. Do alto da escada, uma mesa bem velha caía. Tirei Norman do caminho no último segundo. A mesa se espatifou no chão.
- tem alguém lá em cima... - começou Norman.
- mesmo? - eu disse, sarcástica. - fica aqui que eu vou lá em cima.
- m-mas... sozinha? - perguntou Norman.
- eu sei me cuidar, lindo. - respondi. Dei um beijo nele para Norman parar de neura.
Comecei a subir as escadas. Norman havia dito que a guria que parecia comigo estava lá pelo quinto andar, então subi até lá. Como eu já havia visitado a mansão muitas vezes, sabia qual era o quarto que dava para uma varanda.
Entrei nele com cuidado, e não havia por quê desse cuidado. Não havia ninguém ali.
Ah, meu Deus. Eu estou ficando com medo.
- Muahahahá! - disse uma voz ás minhas costas.
Virei-me rapidamente e vi algum engraçadinho imitando um fantasma, debaixo de um lençol negro.
- vá cagar! - gritei e fechei a porta na cara dele.
Não pode ter sido o Norman. Ele não me assustaria. Então... foi aquela garota parecida comigo pedindo ajuda. Mas... era uma voz masculina. Minha cabeça está girando.
- Norman... Norman... - eu estava preocupada. Abri o grande vitral da janela e fui até a varanda, quando vi Norman parado do lado de fora do portão. Desesperada, gritei: - Norman, volta aqui! Me ajuda!
Ele se virou.
- m-mas... sozinha? - perguntou Norman.
- eu sei me cuidar, lindo. - respondi. Dei um beijo nele para Norman parar de neura.
Comecei a subir as escadas. Norman havia dito que a guria que parecia comigo estava lá pelo quinto andar, então subi até lá. Como eu já havia visitado a mansão muitas vezes, sabia qual era o quarto que dava para uma varanda.
Entrei nele com cuidado, e não havia por quê desse cuidado. Não havia ninguém ali.
Ah, meu Deus. Eu estou ficando com medo.
- Muahahahá! - disse uma voz ás minhas costas.
Virei-me rapidamente e vi algum engraçadinho imitando um fantasma, debaixo de um lençol negro.
- vá cagar! - gritei e fechei a porta na cara dele.
Não pode ter sido o Norman. Ele não me assustaria. Então... foi aquela garota parecida comigo pedindo ajuda. Mas... era uma voz masculina. Minha cabeça está girando.
- Norman... Norman... - eu estava preocupada. Abri o grande vitral da janela e fui até a varanda, quando vi Norman parado do lado de fora do portão. Desesperada, gritei: - Norman, volta aqui! Me ajuda!
Ele se virou.
- Jenna? - ele gritou de volta. - como foi que você...
- ele está voltando! - interrompi, ao ouvir barulhos de passos. Voltei para dentro.
Ah... o que faço, o que faço? Ele está subindo a escada...
Olhei ao redor. Vi uma mesa antiga. É isso! Se eu jogar aquela mesa da escada, vou atrapalhar esse idiota.
Abri a porta e, com força, empurrei a mesa escada abaixo. Escutei ela se espatifar e um berro. Ótimo. Eu e Norman estamos salvos.
Sentei-me no chão e escondi a cabeça entre as mãos. Estava tudo tão confuso...
- Jenn? - disse uma voz. Levantei a cabeça. Era Norman. - tudo bem?
- não. - respondi. - está... tudo tão confuso.
- vamos descer.
Enquanto descíamos, eu expliquei a história a Norman sobre o idiota do lençol.
- um lençol... - disse Norman olhando ao redor. ele viu um lençol negro e sua expressão se contorceu em uma ideia. - aqui tem um. Eu fiquei aqui em baixo o tempo todo, o cara ainda deve estar lá. Vou dar o troco.
Ele pôs o lençol e subiu. Ouvi o gemido que ele deu (Muahahahá!) e um berro. Estranho, um berro feminino. Mas eu juro que a voz que gritou comigo era masculina... Essa noite está cada vez mais estranha.
Então eu comecei a ficar preocupada. fazia um tempo que Norman não descia. Será que aquele idiota o pegara, ou coisa pior?
Peguei meu IPhone 4 e disquei o número de Norman. Esperei.
Ah... o que faço, o que faço? Ele está subindo a escada...
Olhei ao redor. Vi uma mesa antiga. É isso! Se eu jogar aquela mesa da escada, vou atrapalhar esse idiota.
Abri a porta e, com força, empurrei a mesa escada abaixo. Escutei ela se espatifar e um berro. Ótimo. Eu e Norman estamos salvos.
Sentei-me no chão e escondi a cabeça entre as mãos. Estava tudo tão confuso...
- Jenn? - disse uma voz. Levantei a cabeça. Era Norman. - tudo bem?
- não. - respondi. - está... tudo tão confuso.
- vamos descer.
Enquanto descíamos, eu expliquei a história a Norman sobre o idiota do lençol.
- um lençol... - disse Norman olhando ao redor. ele viu um lençol negro e sua expressão se contorceu em uma ideia. - aqui tem um. Eu fiquei aqui em baixo o tempo todo, o cara ainda deve estar lá. Vou dar o troco.
Ele pôs o lençol e subiu. Ouvi o gemido que ele deu (Muahahahá!) e um berro. Estranho, um berro feminino. Mas eu juro que a voz que gritou comigo era masculina... Essa noite está cada vez mais estranha.
Então eu comecei a ficar preocupada. fazia um tempo que Norman não descia. Será que aquele idiota o pegara, ou coisa pior?
Peguei meu IPhone 4 e disquei o número de Norman. Esperei.
- oi linda. - Norman atendeu.
- Norman, onde você está?
- em casa, pegando o home theater. Por quê?
- seu filho da mãe! Foge e me deixa aqui, seu filho de uma... - não acredito que ele me deixara aqui!
- opa! Calma Jenna. O que aconteceu? - ele perguntou.
- não se faz de desentendido! Volta aqui agora!
- voltar? Voltar pra onde?
- pra mansão dos Van Pines, cabeça de vento!
- o.k., estou a caminho.
Desliguei. Que cara de pau! Me deixar aqui sozinha...
Peraí. Como foi que essa história começou mesmo? Eu pedi pra Norman buscar o home theater, fui atrás dele e encontrei ele aqui. Ele disse que eu liguei mandando ele vir até aqui, que tinha uma mina igual eu pedindo ajuda. Aí, entramos na mansão e saíram os corvos, ele iria subir e achar a menina, quando uma mesa caiu. Então, eu subi, alguém me deu um susto num lençol, eu bati a porta na cara dele, fui até a varanda e gritei pelo Norman e depois empurrei uma mesa escada abaixo. Desci, e Norman pegou um lençol preto e subiu para dar um susto em quem me deu um susto...
Ah meu Deus. Esta mansão é amaldiçoada. Estamos presos em um paradoxo do tempo.
- aí, Jenn... - Norman estava descendo as escadas. - alguém bateu a porta na minha cara...
- não foi alguém. Fui eu. - eu respondi.
- ahn?
Expliquei minha teoria.
- ah, não. - disse Norman. - temos que sair daqui agora...
- vocês não vão á lugar nenhum. - interrompeu uma voz.
Nos viramos. Então, vi uma mulher parecida comigo, não igual a mim, somente parecida. Tinha cabelos ruivos, meus olhos cinzentos, pele branca e vestia roupas do século 19.
- quem é você? - perguntei.
- sua tataravó, minha querida Jenna Clarke. - respondeu a mulher. Então, percebi que os pés dela não tocavam o chão. Ela era um fantasma. O fantasma de Elizabeth Van Pines, minha tataravó. - Clarke. - ela cuspiu o nome. - Ah, que nome tão... comum. Como eu queria um filho homem, para levar o nome Van Pines adiante. Mas não. Tive a imprestável da Laura, que se casou com um tal de Christian Clarke, e eles acabaram com os Van Pines. Mas continuando... vocês vão ficar aqui, e sofrerão as consequências de seus atos.
- que atos? - perguntou Norman. - eu nem sou dessa família!
- não os seus, garoto idiota. - replicou Elizabeth. - os dela, e da linhagem Clarke.
- o que nós fizemos á você?
- acabaram com o meu nome!
- tudo isso por um nome? Nos amaldiçoou por um nome ?
- basta! - gritou Elizabeth. - acho que sofreram o suficiente. O fim da maldição chega aqui. - ela estendeu a mão. Eu e Norman sofremos uma dor tão grande, parecia que iam arrancar meu coração do meu peito. Então, parou. Abri os olhos e me surpreendi. eu e Norman éramos corvos.
- ah, eu não lhes disse? - sorriu Elizabeth. - este é o fim da maldição. Viverem como corvos. Agora, vão!
Ela se desfez no ar.
Então, a porta se abriu. Eu vi eu e Norman, na forma humana, entrando. Eu e Norman saímos voando, mas capturando nossas palavras.
Desliguei. Que cara de pau! Me deixar aqui sozinha...
Peraí. Como foi que essa história começou mesmo? Eu pedi pra Norman buscar o home theater, fui atrás dele e encontrei ele aqui. Ele disse que eu liguei mandando ele vir até aqui, que tinha uma mina igual eu pedindo ajuda. Aí, entramos na mansão e saíram os corvos, ele iria subir e achar a menina, quando uma mesa caiu. Então, eu subi, alguém me deu um susto num lençol, eu bati a porta na cara dele, fui até a varanda e gritei pelo Norman e depois empurrei uma mesa escada abaixo. Desci, e Norman pegou um lençol preto e subiu para dar um susto em quem me deu um susto...
Ah meu Deus. Esta mansão é amaldiçoada. Estamos presos em um paradoxo do tempo.
- aí, Jenn... - Norman estava descendo as escadas. - alguém bateu a porta na minha cara...
- não foi alguém. Fui eu. - eu respondi.
- ahn?
Expliquei minha teoria.
- ah, não. - disse Norman. - temos que sair daqui agora...
- vocês não vão á lugar nenhum. - interrompeu uma voz.
Nos viramos. Então, vi uma mulher parecida comigo, não igual a mim, somente parecida. Tinha cabelos ruivos, meus olhos cinzentos, pele branca e vestia roupas do século 19.
- quem é você? - perguntei.
- sua tataravó, minha querida Jenna Clarke. - respondeu a mulher. Então, percebi que os pés dela não tocavam o chão. Ela era um fantasma. O fantasma de Elizabeth Van Pines, minha tataravó. - Clarke. - ela cuspiu o nome. - Ah, que nome tão... comum. Como eu queria um filho homem, para levar o nome Van Pines adiante. Mas não. Tive a imprestável da Laura, que se casou com um tal de Christian Clarke, e eles acabaram com os Van Pines. Mas continuando... vocês vão ficar aqui, e sofrerão as consequências de seus atos.
- que atos? - perguntou Norman. - eu nem sou dessa família!
- não os seus, garoto idiota. - replicou Elizabeth. - os dela, e da linhagem Clarke.
- o que nós fizemos á você?
- acabaram com o meu nome!
- tudo isso por um nome? Nos amaldiçoou por um nome ?
- basta! - gritou Elizabeth. - acho que sofreram o suficiente. O fim da maldição chega aqui. - ela estendeu a mão. Eu e Norman sofremos uma dor tão grande, parecia que iam arrancar meu coração do meu peito. Então, parou. Abri os olhos e me surpreendi. eu e Norman éramos corvos.
- ah, eu não lhes disse? - sorriu Elizabeth. - este é o fim da maldição. Viverem como corvos. Agora, vão!
Ela se desfez no ar.
Então, a porta se abriu. Eu vi eu e Norman, na forma humana, entrando. Eu e Norman saímos voando, mas capturando nossas palavras.
"Que estranho. Agora, vamos entrar."
Baseado na TMJ 63 - Dia das Bruxas
Continua, continua, continua
ResponderExcluirApesar de confuso ficou muito bom
Ficou muito confuso? lol quis simplificar, mas não deu.
ExcluirAh, vc quer uma continuação? Vou ver o que posso fazer. Afinal, a história está aí, vou ter que inventar alguma outra coisa...
Obrigada!
Não ficou confuso, ficou excelente. Paradoxo bem feito.
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