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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Encontrei uma garota que eu conhecia em um pornô


  Eu tinha onze anos no verão em que Kathy Ritter fugiu, ou foi sequestrada, ou qualquer outra mentira que os jornais houvessem publicado naquele mês. Logo após aquilo, a família Ritter se mudou e nós nunca descobrimos o que exatamente aconteceu. Eventualmente, esquecemos dela.

  Anos depois, eu a vi novamente. Não em pessoa, mas online. Em um vídeo pornográfico.

  Eu tinha dezesseis anos e o vídeo parecia recente. Ao menos, havia sido postado recentemente. Eu fechei a janela e desliguei meu computador imediatamente. Tenho vergonha de admitir que não foi porque estava preocupado com Kathy, mas sim porque eu estava com medo do que iria acontecer comigo se eu fosse pego assistindo o que era tecnicamente pornografia infantil.

  Passaram-se algumas semanas até que a curiosidade e um ímpeto estúpido de heroísmo adolescente - eu poderia ser a primeira pessoa a finalmente descobrir o que acontecera com Kathy - me venceram e eu voltei ao mesmo website. Era surpreendentemente fácil de encontra-la - ela aparecia em vários vídeos com nomes artísticos como Katty Kathy, Kitty, coisas assim.

  Não adiantou de nada. Todos os vídeos tinham como cenário o mesmo porão, na mesma cama. E eram todos mais ou menos iguais. Kathy vestindo uma fantasia. Kathy e outra garota. Kathy e dois homens. Ela também estrelava em alguns vídeos de fetiche bizarro, alguns bem estranhos que mostravam Kathy transando com um cara amputado ou com um ator vestido de cavalo, mas esses, eu não me dei ao trabalho de assistir.

  Kathy nunca interpretava ativamente, entretanto, mesmo quando estava em alguma fantasia de enfermeira ou algo do tipo. Ela nem sequer falava em nenhum dos vídeos. Eu percebi que ela mal emitia algum som em qualquer um deles - nada de gemidos ou respiração pesada. Mesmo quando os atores estavam inserindo a si mesmos ou a qualquer outra coisa dentro dela, ela não reagia além de uma careta ocasional.

  E, muito de vez em quando, ela iria olhar para a câmera. Não era um olhar de raiva, de ressentimento ou de súplica, como seria de se esperar caso ela estivesse sendo obrigada a fazer aquilo. Eu finalmente identifiquei aquela expressão.

  Era de resignação.

  Eu tive que parar de assistir os vídeos dela após isso. Tinha certeza agora de que ela não estava fazendo aquilo por vontade própria, que ela havia sido sequestrada e forçada a seguir aquele ramo. Mas não havia nenhuma maneira pela qual eu poderia comprovar aquilo, ou descobrir onde ela estava.

  Eu denunciei os vídeos à polícia, mas não deu em nada. Eles disseram que não havia maneira de provar definitivamente quem era aquela garota. Eu sabia que era Kathy; eles apenas haviam decidido há muito tempo que ela estava morta e fecharam o caso.

  Eu ainda tentei insistir, mas eles me aconselharam a desistir.

  - Garoto, apenas pense nos pais dela. Pornografia? Para muita gente, ficar acreditando que a filha está morta é mais reconfortante.

  Eu tentei encontrar os Ritters. Minha mãe me disse que seus nomes eram Henry e Laura Ritter, e uma rápida pesquisa no Google me revelou que agora eles estavam vivendo no Oregon.

  - Sra Ritter? - perguntei quando uma mulher atendeu ao número telefônico listado nas páginas amarelas. - É o Max Page.

  - Olá, Max. - respondeu ela cautelosamente. Não se lembrava de mim.

  - Nós morávamos na mesma vizinhança - expliquei. - Eu conhecia sua filha. Acho que a encontrei.

  A mulher ouviu em silêncio enquanto eu lhe contava sobre o que havia encontrado e em qual website estava.

  - Não quero te incomodar. Mas sua filha está viva. E aposto que você poderia encontra-la se fosse à polícia.

  Click. Ela desligou na minha cara.

  Eu imaginei que o policial estivesse certo e desisti de tentar chamar atenção para os vídeos. Eu parei de visitar os websites e tentei tirar aquilo da cabeça.

  Mas, então, eu recebi um e-mail. Era dos administradores do site, anunciando uma nova função. Levemente revoltado por eles ainda terem meus dados, eu rapidamente acessei para deletar minha conta e parar de receber avisos.

  E foi assim que eu descobri o que era aquela nova função. Era pornô gore.

  Quase sem perceber o que estava fazendo e com um medo gélido me dominando, eu cliquei para confirmar meus temores. O primeiro vídeo era de Kathy.

  Eu não queria assistir aquilo. Mas não tinha outra escolha. Porque meu nome estava no título. "Para Max".

  Kathy, contorcendo-se e chorando, curvava-se na cama. Um homem estava em cima dela, segurando uma faca.

  - Fale o que eu te disse para falar. - Uma mulher comandou de trás das câmeras.

  - Isso é para você, Max Page. - disse Kathy. E então ela soltou um guincho desumano enquanto o homem abria seu abdômen com a faca, espirrando sangue. Ele enfiou as mãos no ferimento, arrancando outro grito de Kathy, e puxou até que seus intestinos e pelo menos um dos órgãos derramaram-se pela cama.

  Eu vomitei em cima do computador antes de conseguir fechar o vídeo. Kathy estava morta por minha culpa. Ninguém acreditara em mim quando eu disse que era ela e agora ela estava morta.

  E a voz da mulher. Eu a reconhecera imediatamente. Era a mesma voz que havia atendido ao telefone, a voz que pertencia à Sra Ritter.

4 comentários:

  1. Ser humano,pior q muito slender e rakes por aí....

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  2. Foda mano ,mais uma creepypasta boa deste maravilhosó site ,eu pode irá cortareceber essa creepypasta em meu canal?

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  3. Não sei se entendi muito bem, mas se estiver querendo narrar esta creepy e postar no seu canal, fique à vontade.

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