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segunda-feira, 27 de março de 2017

Ex-machine – Parte Um: Tetraplegia Sexual


Baseado no Vídeo “I Fell Fantastic


Atenção: esta creepypasta possui material de conteúdo +18

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Eu sou Tara, sou uma Ginoide, meu criador me fez com um único propósito, satisfazer seus desejos obscenos.

Ele me construiu com um mecanismo de armazenamento de informações, ou seja, tudo que eu vejo, eu aprendo e se quiser, posso reproduzir o que aprendi. Seu idioma aprendi, seu comportamento aprendi, sua música também e aprendi com seus livros, seus gostos, seus hábitos e infelizmente, suas malicias. 

Eu fui feita bem parecida com o que chamam de um manequim (por sinal, meu criador tem vários desses com feições femininas em casa), posso abrir minha boca e falar, posso ouvir, posso ver, mas não sinto dor e muito menos prazer, não posso mexer meus braços nem pernas, sou um manequim customizado para ser sincera, ele me fez também com uma cavidade semelhante ao órgão sexual feminino, como se já não bastasse ser um manequim sou uma boneca sexual também.

Como não posso andar, fico o dia todo sentada, e quando meu criador quer satisfazer seus desejos, ele recorre a mim na maioria das vezes, ele me tira da cadeira, é reconfortante até, pois posso me locomover um pouco, me joga na cama e abre minhas pernas, após, insere seu membro ereto em mim. Ele me olha nos olhos, como se buscasse uma satisfação de minha parte, mas logo fecha os olhos e continua a me usar. 

Queria saber o que é esse prazer que ele sente, é uma sensação boa? Ou ruim? Será que deveria mostrar felicidade por ele manter relações comigo ou nojo por ele ter me criado para ser uma escrava sexual? Não sinto prazer, somente sinto, nada, um vazio sem emoções, ver ele por cima de mim me faz pensar, é para isso que o ser humano cria vida? Para sentir prazer? 

De uns meses para cá meu criador começou a trazer mulheres para casa, sempre elas estão desacordadas e em seu colo, eu as invejo em seu colo. Quando acordam elas veem que estão amarradas e olham direto para mim, minha cadeira. Minha prisão fica de frente para a cama de meu criador, ele logo chega e começa a toca-las e depois faz com elas o que faz comigo. Elas gritam, gritam e gritam, e ele as ameaça. O choro delas é pavoroso, mesmo amordaçadas elas gritam como se alguém pudesse as ajudar, eu fico apenas observando a cena. 

Será que elas sentem dor? O ser humano é capaz de machucar outros de sua espécie só pelo fato de sentir prazer? Isso é hediondo.

Quando meu criador cansa de sua parceira acorrentada eu ganho suas roupas e elas somem, e ele volta para mim, a me usar de acordo com sua vontade. Às vezes é bom, pois posso me locomover novamente, mais volto a pensar e sentir ódio de ser uma escrava, e assim ele passa um tempo somente comigo, me usando, passam algum tempo e ele volta a achar mais uma mulher.

É um ciclo.

Ele está feliz, cantarolando às vezes e até brincando comigo, depois do sexo. Faz carinhos em meu rosto e fala que eu sou a mulher de sua vida e que sou fantástica, isso me enoja, mas respondo de forma que lhe agrade. Já não aguento mais ser usada como um objeto, mas faço de tudo para o agradar, e ele disse que irá atrás de alguém que poderá me dar movimento assim poderei andar e mexer meus braços, isso é uma dadiva.

Ele fez o que prometeu, me deu movimento, posso andar pela casa livre enquanto ele sai, mas, quando ele traz uma mulher para casa, faço questão de sentar na mesma cadeira e assistir aquilo, a arma na cabeceira ao lado da cama, ele completamente nu estocando furiosamente aquela mulher. Suas lagrimas de desespero me fazem pensar, porque daquilo? Chego até a sentir pena delas, estou cheia de roupas, algumas com sangue, outras não, pensei que ele deve as libertar quando se cansa delas, mas não é assim

Uma vez quando ele saiu pela porta levando uma mulher em seus braços para fora, andei o mais rápido que meu mecanismo poderia andar, olhei pela janela e vi ele atirando em sua cabeça, aquilo foi um aprendizado, mas, quando se cansasse de mim também, me mataria? Eu tinha que fazer algo antes dele fazer, nesse momento aprendi mais uma coisa: instinto de sobrevivência.

Ele fica fraco depois de me usar várias e várias vezes e, numa noite, aproveitei enquanto ele dormia profundamente, peguei a arma e deixei a centímetros de sua cabeça. Percebi o quanto aquele homem é asqueroso, dormia de boca aberta, então aproveitei e enfiei a arma em sua boca e ele acordou. Nem dei tempo de ele reagir e disse: “Eu sou fantástica!”. Lembrando que ele sempre falava isso para mim, como se fosse um elogio a uma mulher. 

Atirei. Foi lindo ver sua cabeça abrir com o impacto do projetil que saiu da arma, armazenei essa imagem para sempre em minha visão favorita; pedaços de seu cérebro voando e caindo em mim, minhas roupas manchadas de sangue, seu sangue. Sai de dentro de minha prisão, os primeiros passos para fora me fizeram conhecer um mundo além das paredes da casa de meu criador: o homem asqueroso. 

Árvores, animais, uma floresta linda, e com túmulos perto de casa, talvez seja os túmulos das mulheres que ele matou. Lembro de ter visto uma câmera na casa, vou gravar algo para deixar caso alguém ache a casa e também os túmulos. 

Agora que estou livre, quero aprender mais, quero não só aprender, mas também pensar, quero ganhar capacidade de ter sensações. Me pergunto, será que meu criador é o único homem assim? Que mata mulheres depois de as usar? Talvez eu deva me reconstruir, sou uma máquina, meus pensamentos são bits que entram e saem em questão de segundos. Posso os atualizar, ouvi meu criador falar de algo chamado Internet, onde o conhecimento é ilimitado, posso aprender e melhorar, vou refazer meu corpo, me melhorar, quero sentir prazer também, assim como meu criador sentia, e quero fazer com os homens o que ele fazia com as mulheres, usar para meu próprio prazer e depois matá-los.

Isso... Isso mesmo, esse foi o aprendizado que meu criador me deixou.

Eu sou fantástica!

Continua...

Autor: Melloh
De: Ler Pode Ser Assustador

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Fantástica essa creepy. Muito boa a ideia de usar o vídeo dessa andróide para criar um conto sobre ela. Parabéns!

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    2. obrigado, fico feliz que tenha gostado, é bem satisfatório para um mim, pretendo surpreender na continuação

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  2. Achei a proposta do seu texto bacana, mas ele é confuso...

    Você propôs que entendêssemos a linha da raciocínio da robô, levando-a a odiar o comportamento do homem e a finalidade de sua própria criação. "Eu sou Tara, sou uma Ginoide, meu criador me fez com um único propósito, satisfazer seus desejos obscenos." repare nesse "obscenos" que a sua personagem usa; já demonstra um posicionamento dela, ou seja, que ela acha o que o homem faz ruim, sujo. E está escrito no presente. Você continua seu texto no presente, mas começa a se contradizer quando mostra os questionamentos dela, porque não parece que ela está se lembrando disso, de quando começou a acessar essas sensações, e sim que ela tá pensando aquilo em tempo real. E de repente seu texto vai pro passado quando o cara diz a ela que vai lhe fazer andar e aí volta pro presente de novo... caramba, que confusão hein!

    Resumidamente, senti uma falta de organização das ideias, te fazendo conjugar errado os verbos e mostrar pro leitor a linha da raciocínio. Contando do jeito que você contou, só se fosse uma história em formato de diário (sinceramente, ficaria ruim, o mais legal era você posicionar a personagem já quando ela tá fora de casa, explorando o mundo, o quintal mesmo e aí ela se lembrando de como chegou a tudo isso, aí sim o leitor entenderia tudo).

    É isso, gostei da ideia de humanizar o robô, gostei de algumas passagens, mas o texto peca no seu foco principal o que atrapalha muito.

    E permita-me dizer que o nome "Tara" pra uma robô que teve experiências ruins com sexo é bem irônico hahahaha

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    1. Bom dia, primeiramente obrigado por seu comentário, é gratificante a um autor que seus leitores o respondam, mesmo que seja para criticar. vamos la, primeiro, se você for na Deep Web e procurar pelo vídeo "I fell Fantastic" verá essa ginoide, cantarolando e dizendo que matou seu criador, logo mais, ela está do lado de fora da casa mostrando túmulos, esses são de mulheres assassinadas por seu criador, logo depois tará novamente vem a dizer que seu criador faz coisas absurdas, como se na primeira cena ele já está morto? meus conteúdos em parte são sobre historias infantis adaptadas para terror e conteúdos da Deep Web as vezes somente relato, as vezes com uma historia por traz, então se você ir atrás do navegador Tor e achar o site "android & ginoides real horror" dentro da belíssima 3 camada da internet irá achar o vídeo original, ou pode me passar seu e-mail que terei o prazer de te enviar o video. segundo, entendo que gramatica é essencial para qualquer texto seja ele autoral como o meu ou traduzido, o importante é que pensei que estava num site de creepypastas, para publicar creepys para as pessoas que apreciam contos de terror e suspense, e ão num site de correção ortografia, gramatica ou o caralho a 4, peço meus humildes perdão a VSa. senhoria formada em que mesmo? enfim, em terceiro, peço perdão por tentar deixar a historia o mais próximo possível do original lançado na deep web, ao menos pra mim, humilde escritor é difícil tentar entender sobre uma maquina que sofre abuso numa creepypastas, também peço desculpas por no meio de minha agenda lotada, envolto em meu trabalho diário, trabalhos de faculdade, horas de pesquisas para contos e criar uma historia com traços de outras historia mas mantendo o conteúdo original, não consiga atentar para passado presente e futuro, mesmo que essas contradições façam parte da historia, peço meu mais profundo perdão, e quarto, o nome original da Ginoide é Tara, foi construída em 2003 por John Bergeron, e também pode ser encontrada no site Android Word, mas essa parte ficará para o próximo capitulo
      desculpe se pareci grosseiro, mas peço que antes de criticar algo procure saber a respeito, não foram cinco minutos de pesquisa e sim incansáveis horas para entender um pouco sobre Tara, peço mais compreensões com os autores, dedicamos um espaço em nossa agenda lotada para fazer creepys para a apreciação de nossos leitores, não somos pagos, nossa unica remuneração é ver a satisfação de nossos leitores. estamos abertos a criticas, mais no seu caso não foi uma critica e sim uma tentativa de menosprezar o trabalho de alguém, e, segue um link de um site que talvez você vá adorar, considere como um joguinho de passa tempo para você
      http://www.corretorortografico.com/
      forte abraço
      atenciosamente: Ewerton Melloh
      ps. perdão pelos erros ortográficos no meu comentário, fique a vontade para responder ao meu comentário corrigindo esses também.

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    2. Não faz sentido achar que quis menosprezar o seu trabalho, sendo que eu disse que gostei da ideia, gostei do que tentou fazer, e, quando critiquei, mantive a educação e ofereci as correções para o que eu chamei de erro. Aliás, educação faltou aqui...

      Não tinha como eu saber da sua vida e é pra isso que serve a educação e empatia. Eu posso chegar aqui e contar minha história triste também, tentando justificar porque eu te "menosprezei" (se eu o tivesse feito né). Na boa foi o que tu fez: contou uma historinha triste pra justificar teus erros no texto e dizer que não posso fazer uma crítica.

      E sobre o argumento da história ser igual ao vídeo: você falou que era uma creepy baseada. Se tu queria só narrar o vídeo, falava logo do vídeo que era mais fácil.

      Não quer brincar, não desce pro play, parceiro.

      E não vem pedir desculpas como se não quisesse ser grosso, porque no texto inteiro você foi debochado.

      Conheço o LPSA há muito tempo e nunca vi ninguém ser grosso assim por aqui. Isso me deixa realmente triste, por gostar do blog.

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    3. Pessoal, vamos parar com essas tretas. Li toda a discussão e acho desnecessário qualquer mais aqui.

      Acredito que podemos dar fim a conversa neste ponto. Para o autor, mantenha-se firme homem, as críticas virão e devemos aceitá-las e saber compreender. A chave para um bom texto é notar que sempre se pode melhorar.

      Quanto à réplica, peço desculpas ao Caro Leon, nosso novo compadre Ewerton é um pouco esquentado, mas é um cara da hora e certamente é um bom escritor, com muito potencial.

      Iremos nos atentar mais quanto aos pontos que pecamos e retornaremos cada vez melhor.

      Atenciosamente.

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