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terça-feira, 23 de julho de 2013

A Senhora do Barraco


Lembro-me de ter medo em ir para a floresta atrás da casa de meus tios. 

Recentemente eu fui ajudá-lo aos arredores da fazenda, era final de ano da década de 60. Após terminarmos, ele me pediu para ficar para o jantar. Eu realmente não tinha nada mais o que fazer naquele dia, então eu disse: “tudo bem”. O fogo de seu fogão a lenha estava ficando fraco, ele então me pediu para ir buscar algumas lenhas na floresta atrás de sua casa.

Eu concordei só para ver se eu teria coragem suficiente de ir até lá. Eu andei pela floresta, fui mais longe do que eu já havia ido. Comecei a me divertir em minha caminhada, ver os animais e pegar lenha para a fogueira. Eu não sabia a quanto tempo eu já estava lá fora. Peguei meu celular para ver as horas e notei que ele não estava nem em meu bolso. Eu realmente não tinha ideia de onde eu estava na floresta. Já estava ficando muito escuro e comecei a entrar em pânico.

Eu andava freneticamente tentando descobrir por que caminho eu havia vindo. Estava escuro agora e eu não conseguia ver nada. Já estava pirando quando vi uma luz fraca na distância. Fui em direção à ela. Quando cheguei a fonte da luz, percebi que vinha de uma pequeno barraco. Examinei-a de perto antes de entrar. Esse foi um dos maiores erros da minha vida. Eu lentamente abri a porta e espreitei por entre ela o que havia lá dentro.

Gritei com toda a força de meus pulmões, haviam cabeças penduradas no teto e corpos mutilados no chão. Uma velha senhora que parecia um demônio estava sentada em uma velha cadeira no meio da sala. Ela gritou um grande e alto barulho estranho e depois demônios surgiram das pilhas de corpos, eu corri gritando desesperadamente, e eles começaram a me perseguir pela floresta.

Meu tio deve ter ouvido meus gritos, ele entrou na floresta com sua espingarda velha e disparou contra esses demônios, mas um deles o pegou e arrancou sua cabeça e a comeu.

Eu me sinto mal em dizer que continuei fugindo enquanto essas coisas estavam distraídas com o meu tio que, infelizmente, morreu naquele dia. Ele me salvou, e eu sempre vou agradecer-lhe por isso. Corri de volta para sua casa, já fora da floresta, e chamei a polícia. Dentro de alguns minutos eles já estavam aqui.

Os policiais correram para a floresta e nunca mais voltaram de lá...

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