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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Brincando Sob a Lua





Nesse mundo, existem coisas as quais foge a nossa compreensão, e que por mais que nos esforcemos para buscar uma resposta racional, a única explicação aceitável ou convincente é o sobrenatural.

Uma praça quase no centro da cidade, um lugar que durante o dia é cercado de crianças com seus sorrisos alegres e espontâneos, um lugar que transpira alegria, e a noite, quando sozinha aparentando ser apenas mais uma paisagem urbana rodeada de prédios e arranha-céus, torna-se um local macabro e com estranhos visitantes.

Quando o céu recebe a lua cheia, que clareia a mais escura noite, claridade essa que liberta e que torna possível ver o que se esconde.

A escuridão da noite má tem seus segredos revelados pela claridade da lua.

Pequenas crianças sem face, às vemos com dificuldade, parecem estar desfocadas ou apagadas como uma foto antiga. Uma a uma saindo das sombras, de uma maneira tímida, como se algo temesse. Aos poucos elas vão aparecendo, e depois de algum tempo há varias delas brincando por todos os lados, de esconde-esconde nas sombras das arvores, ou se aventurando nos brinquedos.

Há varias explicações sobre elas, entre os mais velhos, tem quem conta uma história, sobre um estranho viajante que em uma noite de lua cheia, entrou em algumas casas, convenceu as crianças dessas casas a sair escondidas com ele para brincar, e elas jamais foram vistas novamente e nenhuma informação foi levantada do viajante. Algumas pessoas mais velhas ainda acreditam que as aparições têm relação com uma antiga lenda local, de que o bairro onde agora se encontra o parque, era usado para um ritual de uma antiga tradição, a de oferecer crianças para ter uma boa colheita, e toda primavera uma criança de 11 anos era morta, tinha a pele do rosto arrancada, depois era enterrada a sombra de uma arvore.

Bom nada consegue explicar de uma maneira racional o que a luz da lua traz consigo.

Antes que podemos perceber tudo parece passar mais rápido, elas se reúnem no centro todas de mãos dadas e girando, como uma brincadeira de roda e em um lapso de tempo elas somem, e só restam brinquedos que ainda se movem, e você se pergunta, se aquilo foi real.

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