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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Próximo ao massacre...



? horas, 9º dia. Próximo ao massacre... 

Cada um dos que estavam na mesma cela que eu estão mortos. Assassinos, estupradores, ladrões... Foi divertido ver eles sendo mortos. 

O tal do Max, háhá, o cara começou a acertar a própria cabeça nas grades, sem parar. Chamaram os guardas mas antes que eles resolvessem dar atenção o cara já estava morto. Foi tão engraçado, pude ver o pedacinhos de sua face, junto com todo o sangue que saiu se espalhar para todos os lados e virar fumacinha.

Pude ouvir um dos policias dizendo: "Ah meu Deus, será que até aqui isto está acontecendo?". Eu não fazia ideia do que ele estava falando. 


No outro dia, nossa, no outro dia foi incrível. Um dos policiais pirou o cabeção. Eu pude ouvir diversos tiros vindos de fora. Gritos e mais gritos atingiram os ouvidos de todos que estavam nestas celas. Esses cagões de merda começaram a gritar assustados como mariquinhas quando o policial apareceu com a cabeça de um dos colegas na mão.

As celas estavam todas trancadas. O policial ficou parado no corredor por um instante. Depois de alguns minutos ele se moveu até a cela ao lado da minha. Eu quase gozei de prazer quando vi o que ele fez. Com uma força sobre-humana o cara arrancou as barras de metal da cela, ele se moveu muito, mas muito rápido mesmo, atravessando a sua mão no peito de cada um dos que estavam naquela cela. A gritaria, aquela imagem horrenda, o sangue, o calor da cela abafada, tudo aquilo me deu um prazer enorme, eu não podia aguentar de tanto tesão. 

Ele abriu a cela ao lado, e a outra, depois a outra, matando a todos. Os presidiários que estavam na minha cela se cagando de medo, alguns tentando se espremer para passar por entre as barras, como se fosse possível, bando de animais. Outros arranhando as paredes tentando abrir algum buraco para escapar. Eu não pude me aguentar, soltei uma gargalhada incessável. 

Ele arrombou as grades da nossa cela. 

- Venha! Venha e me mate! - Gritei num momento de extrema adrenalina e tesão.

Ele começou a destroçar todos à minha volta, tripas e sangue voando para todos os lados, inclusive em mim. Eu fiquei parado no meio daquela cela enquanto ele matava a todos. Quando por fim terminou eu pensei: "Agora é a minha vez! Me encha de prazer!".

O policial parou na minha frente. Seu corpo todo ensanguentado assim como o meu. Ele olhou em meus olhos, ficou me fitando por um bom tempo.

- O que? Vamos! Vamos me mate! - Gritei em fúria -. Ele estendeu o braço e, com os dedos tocou em minha testa. 

Eu acordei agora à pouco, todo o sangue e corpos que estavam aqui sumiram, é como se tudo aquilo tivesse sido um sonho, mas não foi. Se fosse, todos os outros estariam aqui ainda e, não sei porque mas, estou me sentindo diferente, as lembranças daquele horror de antes estão me dando náuseas, na verdade, tudo o que eu fiz antes está me dando nojo. Como eu pude ter sido assim? Porque eu fazia aquilo? Acho que vou sair daqui e ir procurar pela minha família. 

Espero que eles me perdoem por ter torturado e matado aquelas duas garotas. Agora eu vejo que o que fiz foi errado, mas aquele desejo de ver os outros sofrendo passou. Será que aquele policial me purificou? Levei minha mão ao peito, senti o metal de identificação frio, nele estava escrito meu nome: David. 

Depois de sair daquele lugar eu fui tentar encontrar minha família, mas o que encontrei foi apenas uma cidade vazia.


Ah, que céu azul mais lindo...

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