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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A FESTA


Era a madrugada de domingo para segunda, estava inutilmente deitado na cama tentando dormir, preocupado com o trabalho do dia seguinte. Os vizinhos estavam fazendo muito barulho, parecia que era uma festa. Eu queria pará-los, mas eu sei que alguém batendo na porta de sua festa, com pijamas, e uma cara ranzinza, mandando você ficar quieto, é muito chato. Então decidi ir até lá, mas tentar falar de um jeito calmo para que eles fizessem um pouco menos barulho. Levantei-me da cama e troquei minhas roupas, colocando um short preto e uma camiseta branca velha, e fui até lá.

- Ei, alguém aí? - Bati na porta alguns segundos e não obtive resposta. - Oi? - Bati novamente na porta, dessa vez um pouco mais forte. Percebi que havia algo além do som alto de música, mas não liguei para isso no momento.


Alguém abriu a porta. Um homem de estatura média, com os braços não muito fortes, mas não chegava a parecer fraco... Única coisa que me chamou atenção nele foi o líquido escorrendo de seus lábios, que ele pareceu esquecer de limpar, um pouco de vinho ou algo parecido.

- Olá. - Ele disse com um sorriso. - Entre.
- Ah, não precisa, só quero que voc...

- Vamos, entre, conversamos aqui dentro. - Ele me interrompeu, mas ainda sim parecia muito simpático, não percebi nada de errado, então acabei entrando.

Achei o local um pouco estranho, havia um cheiro forte no ar, como se quisessem tirar algo que estivesse fedendo muito ali com algum perfume, mas acabei ignorando esse fato. Também reparei que a música continuava, mas não era daquela sala que vinha. Olhei ao redor e vi um corredor para a direita, e uma porta fechada para a esquerda. A música vinha da direita, e o outro barulho que eu havia ouvido vinha de ambos os lugares, mas ainda estava muito abafado pela música alta.

- Ei, você poderia abaixar um pouco essa música? Eu preciso trabalhar amanhã, não posso perder muito tempo aqui.
- Claro, antes pode apenas me fazer um favor?

- Ahn... Posso, o que?
- Vem comigo. - Ele se levantou, e eu pude perceber uma leve mudança em seu sorriso. O Jovem caminhava até a porta da esquerda. - Entre. - Eu senti um calafrio quando ele se aproximou da porta.

Eu o segui, ele parecia tão simpático que não pude imaginar que aquele calafrio poderia estar me avisando algo. Mas, quando ele abriu a porta, eu consegui entender o que era aquele barulho, e entendi o que era o líquido nos lábios do meu anfitrião. Eu iria me virar para correr dali, mas logo senti uma mão nas minhas costas me empurrando dali para dentro, e ouvi o que era o favor.

- Nos alimente. - Ele lambeu a gota de sangue que escorria de sua boca, e o sorriso mudou totalmente para um sorriso malicioso.

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