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sábado, 26 de outubro de 2013

Anna & Diego


"Toc, toc".

Levantei-me do sofá e fui abrir a porta. Diego Martinez, meu namorado, estava á porta.

— Oi. — eu disse.
— Hola! — ele respondeu.

Eu o beijei.

— Entra aí.

Ele entrou e sentamos no sofá.

—Cadê seus pais? — ele perguntou.

— Ah, eles foram para a Alemanha esse fim de semana e... — eu fui até a cozinha pegar dois copos de coca-cola. Logo voltei.

— Então, como eu dizia... Diego, tudo bem? — eu perguntei.


Já fazia semanas que Diego fazia isso. Nós começávamos a conversar e do nada ele "saía do ar". Os olhos negros ficavam fora de foco e ele nem parecia mais me escutar.

Diego piscou.

— Estoy... estoy bien. — aquela reposta soou mais como um pergunta do que como uma afirmação. Odiava quando ele voltava a falar espanhol. Tá afim de uma coisa muito irritante para lidar? Arrume um namorado mexicano que tenha apagões e que quando acorda, começa a falar espanhol.

— Diego, em primeiro lugar, pare de falar espanhol, você sabe que não entendo. — eu disse. — em segundo lugar, porque você fica fazendo isso?
— Isso o quê? — ele perguntou.

— Apagando! — eu gritei. Que moleque problemático. — toda vez agora que estamos sozinhos, do nada você apaga!
— Eu não estou... — ele começou, e apagou de novo. Que ódio!

— Diego, Diego, Diego... — eu sacudi seus ombros. Ele não teve reação.

Até que piscou.

Seus olhos, antes negros, estavam agora dourados.

— D-Diego? — gaguejei.

Diego olhou para mim e falou, com uma voz que não era dele:

— Ah, Anna, acha mesmo que seu namorado ainda está aqui dentro?

Gritei e saí correndo. Tranquei-me no meu quarto. Senti os passos do Diego-Possuído lá fora.

— Quem é você, o que fez com Diego e o que quer de mim? — gritei.

— Anna, eu sou só um espírito que ainda não deixou a Terra. Quanto ao seu namorado, ele se foi, eu usei o corpo dele para continuar vivo.
— O que quer de mim? — repeti, contendo as lágrimas.

— De você? Nada, meu amor. Nada... — a porta destrancou e Diego-Possuído entrou. Ele me empurrou e eu caí na cama. — além da sua alma.

Puxou uma faca e avançou sobre mim.

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