NOITE MACABRA
- Publicado por:
- Alan Cruz
- hihihi...
- Aperta de novo, aperta de novo!
Ding... Dong...
Nheeeeeckk
- Gostosuras ou travessuras!
- Wow, veja o que temos aqui! Uma bruxinha, um fantasma e... Ah meu Deus! O Frankenstein! Crianças, dê-me suas cabeças de abóboras para que eu as encha de doces!
- Ebaaaa!!
//**//
Noite de Halloween, mais uma vez... Eu preparei tudo, fiz um estoque enorme de doce, não quero que aconteça como no ano passado, essas malditas crianças acabaram com minha casa; ovos, papel higiênico, pedras, paus, tudo quanto é coisa foi jogada aqui.
Ding... Dong...
Ah, essa noite não acaba nunca? Odeio essa maldita data.
Nheeeeeckk
- Gostosuras ou travessuras¿
- Espera... Vocês não são os mesmos que vieram aqui antes¿
- Não senhor ´- respondeu a criança fantasiada de fantasma, ou melhor, fantasiada de lençol, que coisa ridícula.
- Espere, eu reconheço sua voz, vocês vieram aqui antes!
- Não tio, não viemos.
-Como não? É claro que vieram! Vamos, vamos, saiam da minha casa, você já ganharam doces de mim antes, e não vão ganhar de novo!
BLAM!
Bati a porta atrás de mim e fui para a sala de estar. Peguei o controle da TV e a liguei. Caminhei até a cozinha, peguei meu Whisky um copo e gelo, voltei para sala, me sentei e comecei a beber...
Ding... Dong...
- Mas que porra! – sussurrei. Me levantei, peguei o meu saco de doces e fui até a porta. Abri ela bruscamente.
- Tá aqui seu - não havia ninguém do lado de fora. Eu estiquei o pescoço virando de um lado para o outro, não havia ninguém ali. - Estranho, normalmente estaria cheia de crianças essa rua... Olhei para meu relógio, 23:33... Está meio tarde...
Novamente fechei a porta e voltei para onde estava antes, enchi meu copo mais uma vez e bebi...
Ding... Dong...
Eu olhei para a porta, sem me mover, esperando que tocassem a campainha mais uma vez.
Ding... Dong...
Me levantei, peguei de novo o saco de doces, abri a porta.
- Mas o que? - resmunguei – Não havia ninguém ali fora de novo. – Só podem estar me zoando!
Saí para fora, caminhei até a calçada da rua, não havia ninguém, caminhei ao redor de casa, estava meio escuro, mas a luz das cabeças de abóboras iluminavam um pouco, o suficiente para mim ver que não havia ninguém ali.
- Caralho, essas crianças de hoje em dia correm rápido. – Disse pra mim mesmo.
Caminhei até a porta de minha casa e, antes de entrar, dei mais uma espiadinha na rua. Entrei, fechei devagar a porta atrás de mim.
DING... DONG!
Levei um baita susto, meu coração disparou.
- Ah vai se fuder! Abri a porta em fúria, ninguém estava ali fora, corri até a rua. – Apareçam malditos pivetes! Vamos!
Não houve resposta, aparentemente não havia ninguém ali, de novo.
- Se é doce o que vocês querem – corri para dentro de casa e peguei o saco de doces, sai novamente para fora – aqui! Tá aqui todo o meu doce! Ataquei em fúria o saco no chão.
- Podem ficar! É todo seu! Agora me deixem em paz seus vermes!
Virei e caminhei em fúria para dentro de casa, bati a porta com força atrás de mim e fui até a sala, tentar mais uma vez terminar de assistir e beber em paz.
- hihihi...
Eu mal me sentei na poltrona e algo soltou uma risada. Parecia vir dos fundos da minha casa. Desta vez eu não falei nada, fui andando sorrateiramente até a janela da cozinha para tentar ver algo ali fora.
CLICK
Todas as luzes se apagaram. – Mas que merda! – eu gritei.
- hihihi
Novamente a risada, eu parei. Ela parecia vir daqui de dentro. De repente pude ouvir passos, vários e vários passos.
- Crianças? São vocês? - eu disse enquanto caminhava até a parede onde ficava o painel.
- hihihi
Eu alcancei a parede onde estava o painel elétrico da casa com muita dificuldade, estava muito escuro. Eu o abri e acionei o interruptor. As luzes se acenderam. Me senti aliviado.
- hihihi
Ouvi novamente a risada e os passos, pareciam estar indo para minha sala. Eu corri até ela e... o saco de doces que eu havia jogado na rua estava ali, em cima da minha poltrona, ele parecia bem mais cheio que antes. Eu olhei para a porta, ela estava fechada, peguei o saco e me sentei na poltrona.
- Nossa, tá pesadinho - pensei. O saco estava amarrado com uma fita. Eu a rompi e lentamente abri o saco, esticando a cabeça para ver o que tinha dentro e...
- Oh não!
Meu olhos estalaram ao ver o que havia ali dentro. A imagem mais horrenda que já vi em vida. Vários membros, pedaços das crianças que neguei entregar doces. O lençol do menino fantasma estava todo ensanguentado, amarrado em sua cabeça. Braços, pernas, mãos, cabeça.
- Ah meu Deus!
Eu larguei aquele saco de corpos no chão e levei a mão à boca, quase vomitando.
De repente ouço a TV ligar, ao olhar pra ela, outra surpresa. Na parede mais acima da TV, estava escrito algo, assim que li a luz se apagou novamente. As risadas e os passos me cercaram... Tudo o que pensei foi no que vi escrito na parede...
GOSTOSURAS OU TRAVESSURAS?
De repente ouço a TV ligar, ao olhar pra ela, outra surpresa. Na parede mais acima da TV, estava escrito algo, assim que li a luz se apagou novamente. As risadas e os passos me cercaram... Tudo o que pensei foi no que vi escrito na parede...
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