Algures, alhures, nenhures.
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- Anônimo
Olá queridos leitores. Gostaria de pedir perdão por não ter postado na segunda passada, tive alguns problemas pessoais e ainda por cima meu Blogger bugou '-'
Vou postar esse conto em três partes, um por dia. Boa leitura.
Algures
Frio, chuva, tempestade, nada disso importa, estou sozinha nessa e é assim que vai ser. Deve estar em algum lugar, mas não sei onde. Venho procurando por tantos dias, mesmo que pareçam anos, e não encontrei nem ao menos uma pista. Civilização: nenhum sinal; Paz de espírito: não faço ideia do que seja.
Temo que quando (e se) encontrar o que procuro, me arrependa de tê-lo feito, e, infelizmente, acho que é o que vai acontecer. Já não sinto dor há dias, poderia dizer que isso é bom, mas a dor era a única coisa que me tornava humana, e o último pingo desse sentimento de vida se foi com ela.
Esse Sol escaldante deixou minha blusa encharcada de suor, embora eu não sinta calor, pelo breve momento que olhei para baixo, percebi sangue escorrendo pelas minhas pernas, naquele trapo que eu tive o desprazer de chamar de "blusa" também havia sangue. Irrelevante.
Já andei por qualquer paisagem que você possa imaginar, não há nada que possa me parar agora. Sinto que estou perto. Perto de... Algo... Caí de joelhos porque minhas pernas inúteis se recusaram a ficar de pé, admito que pareci um pato morto quando acabei por estirar-me no chão. Dormir nunca me pareceu tão bom.
Mas eu queria morrer.
Cadê você, Mateus?
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