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segunda-feira, 3 de março de 2014

Chapeuzinho Vermelho


Então o Lobo disse:

- Dispa-se e venha para cama comigo.
- O que faço com meu vestido? - questionou Chapeuzinho.
- Jogue na lareira. Não precisará mais disso - respondeu o lobo.

E para cada peça de roupa que a garota retirava, copete, anágua, meias, a garota refazia a mesma pergunta, e o lobo respondia:

"Jogue na lareira. Não precisará mais disso"

Então a garota deitou-se ao lado do lobo, e ao sentir o toque do pelo roçar em seu corpo disse:

- Como a senhora é peluda vovó – exclamou Chapeuzinho.
- É para te esquentar, minha neta - respondeu o lobo.
- Que unhas grandes a senhora tem!
- São para me coçar, minha querida.
- Que dentes grandes a senhora tem!
- São para te comer!

E então a devorou.



Quem não conhece ou nunca ouviu falar da história desta pequena garota que vestia uma capa vermelha e adentrava a floresta indo em direção a casa de sua avó para lhe fazer uma visita? Bom, todos sabemos o final desta história, mesmo sendo contada de formas diferentes. Mas, a verdade é que são poucas as pessoas que realmente conhecem a história original, ou parte dela, já que foi modificada com o passar dos anos, perdendo sua originalidade, onde, para a Chapeuzinho Vermelho, não há um final feliz... Pois bem, entendam melhor:

As origens de Chapeuzinho Vermelho podem ser rastreadas até por de vários países europeus e mais do que provavelmente anteriores ao Século XVII, quando o conto adquiriu a forma conhecida atualmente, com a versão dos irmãos Grimm de inspiração. Chapeuzinho Vermelho era contada por camponeses na França, Itália e Alemanha, sempre com um caráter muito popular.


A versão impressa mais antiga é de Charles Perrault, "Le Petit Chaperon Rouge". A historia de Perrault retrata uma "moça jovem, atraente e bem educada", que ao sair de sua aldeia é enganada pelo lobo, que come a velha e arma uma armadilha para a menina que termina sendo devorada, sem final feliz. 

Essa versão foi escrita para a corte do rei Louis XIV, no final do século XVII, destinada a um público que o rei entretinha com festas extravagantes e prostitutas, que pretendia levar uma moral as mulheres para perceberem os avanços de maus pretendentes e sedutores. 

Um coloquialismo comum da época era dizer que uma menina que perdeu a virgindade tinha "visto o lobo". 

O autor explica a moral da historia ao fim do conto nos seguintes termos: "A partir desta história se aprende que as crianças, especialmente moças jovens, bonitas, corteses e bem-educadas, não se enganem em ouvir estranhos, e não é uma coisa inédita se o Lobo, desta forma, arranjar o seu jantar. 

Eu chamo "Lobo", para todos os lobos que não são do mesmo tipo (do lobo da história), há um tipo com uma disposição receptiva - sem rosnado, sem ódio, sem raiva, mas dócil, prestativo e gentil, seguindo as empregadas jovens nas ruas, até mesmo em suas casas. 


"Ai de quem não sabe que esses lobos gentis são de todas as criaturas como as mais perigosas!".


No Século XIX duas versões da história foram contadas a Jacob Grimm e seu irmão Wilhelm Grimm. Os irmãos registram a primeira versão para o corpo principal da história e a segunda em uma sequência do mesmo. A história com o título de "Rotkäppchen" foi incluído na primeira edição de sua coleção Kinder-und Hausmärchen (contos infantis domésticos (1812)). 

Perrault é quase certamente a fonte do primeiro conto. No entanto, eles modificaram o final, introduzindo o caçador que abre a barriga do lobo e tira a menina e sua avó e tendo ao fim um final feliz, tal qual o que conhecemos hoje em dia. 

A segunda parte contou com a menina e sua avó prendem e matando um outro lobo, desta vez antecipando seus movimentos baseados em sua experiência anterior. A menina não deixou o caminho quando o lobo falou com ela, sua avó trancou a porta para mantê-lo fora, e quando o lobo se escondia, a avó manda Chapeuzinho colocar no fogo uma panela com água que salsichas tinha sido cozido. O cheiro que sai da chaminé atrai o lobo para baixo, e ele se afogou. Os irmãos mais uma vez revisaram a história em edições posteriores até alcançar a versão final, acima mencionada.

Além da advertência ostensiva sobre falar com estranhos, há muitas interpretações deste "conto de fadas" clássico, muitos deles de cunho sexual:

Chapeuzinho Vermelho tem sido visto como uma parábola da maturidade sexual. Nesta interpretação, o manto vermelho simboliza o sangue do ciclo menstrual, enfrentando a "floresta escura" da feminilidade. Ou a capa poderia simbolizar o hímen (versões anteriores do conto geralmente não afirmam que o manto é vermelho). 

Neste caso, o lobo ameaça a virgindade da menina. O lobo antropomórfico simboliza um homem, que poderia ser um amante sedutor, ou predador sexual. Essa conotação sexual é muito forte, porém é velada nos antigos contos medievais.


Depois de saber um pouco mais sobre Chapeuzinho Vermelho, que tal ler seu conto agora com um olhar mais crítico? 


Era uma vez...

Uma garotinha que tinha que levar pão e leite para sua avó. Enquanto caminhava alegremente pela floresta, um lobo apareceu e perguntou-lhe onde ia.

- À casa da vovó - respondeu ela prontamente.

O Lobo muito esperto, chegou primeiro à casa, matou a vovó, colocou seu sangue numa garrafa, fatiou sua carne num prato, comeu e bebeu satisfatoriamente, guardou as sobras na despensa, colocou sua camisola e esperou na cama.

Toc. Toc. Toc. Soou a porta.

- Entre, minha querida - disse o lobo.
Eu trouxe o pão e o leite para a senhora, vovó - respondeu Chapeuzinho Vermelho.
- Entre minha querida. E coma algo, tem carne e vinho na despensa - disse o lobo.

A Menina comeu o que lhe foi oferecido, e enquanto comia o gato de sua avó a observava aos murmúrios:

"Meretriz! Então, comes a carne e bebes o sangue de tua avó com gosto. Ata teu destino ao dela". 

Então o Lobo disse:

- Dispa-se e venha para cama comigo
- O que faço com meu vestido? - questionou Chapeuzinho.
- Jogue na lareira. Não precisará mais disso - respondeu o lobo.

E para cada peça de roupa que a garota retirava, copete, anágua, meias, a garota refazia a mesma pergunta, e o lobo respondia:

"Jogue na lareira. Não precisará mais disso"

Então a garota deitou-se ao lado do lobo, e ao sentir o toque do pelo roçar em seu corpo disse:


- Como a senhora é peluda vovó – exclamou Chapeuzinho.
- É para te esquentar, minha neta - respondeu o lobo.
- Que unhas grandes a senhora tem!
- São para me coçar, minha querida.
- Que dentes grandes a senhora tem!
- São para te comer!

E então a devorou.

4 comentários:

  1. Eu achei que o lobo ia comê-la de outro jeito.

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  2. Sim, durante minha busca na WEB encontrei histórias onde a Chapeuzinho era "comida" pelo Lobo de outra forma. Mas, essas são histórias modificadas, com pouca base na história real. Há também um mangá publicado aqui no blog onde retrata uma Chapeuzinho Vermelho mais macabra, e bota macabra nisso:

    http://readiscreepy.blogspot.com.br/2013/07/manga-tokyo-akazukin.html

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  3. Hmm, pensei que ias fazer um conto porno Hard Core!

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  4. Esse tipo de coisa vai ter no mais novo blog "Hentai? Doko?" http://hentaidoko.blogspot.com.br/

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