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terça-feira, 22 de abril de 2014

Quinina


Quando os países da Europa começaram a invadir a África para estabelecer colônias, um de seus maiores obstáculos era a malária. De qualquer forma, os europeus tinham uma vantagem: uma droga chamada Quinina. Ela não curava, mas prevenia a malária. Um grupo de cientistas de Manchester decidiram testar as primeiras amostras dessa droga em alguns prisioneiros de guerra. Então, enquanto os prisioneiros ajudassem os cientistas, foram prometidos ter liberdade quando o teste terminasse. Um dos médicos, Dr. Howard Brown, decidiu manter um registro de áudio do evento, uma das primeiras vezes na história que isso foi feito.




Dia 1: 10 de Outubro, ----. 11:43


Esse é Dr. Howard Brown. Nós estamos para começar os testes nos prisioneiros. Indivíduo A recebeu a dose diária, Indivíduo B recebeu a dose semanal e Indivíduo C recebeu a dose mensal. Nós injetamos o vírus da malária neles logo após caírem no sono. Até agora, eles não exibiram quaisquer efeitos secundários, tirando leves problemas de audição. De qualquer forma, esses vieram poucos e distantes de um a outro. Vamos ver o que o amanhã nos traz.



Dia 2: 11 de Outubro, ---, 15:24



Novamente, nada de estranho aconteceu. Os indivíduos estão comendo e bebendo normalmente e realizando suas atividades diárias, ou, pelo menos, tanto quanto se pode fazer quando se está preso dentro de uma pequena jaula de vidro. De qualquer forma, Indivíduo C começou a exibir um comportamento estranho. Ele parece ocasionar alguns espasmos em seu braço, como se ele fosse uma fera, cortando alguma coisa com garras ou unhas. Eu vou falar com ele.



Dia 3: 12 de Outubro, ---, 10:28



Eu falei com o Indivíduo C ontem. Ele admitiu estar tendo um sonho estranho no qual ele observava pelo lado de fora da jaula de vidro (cuja estava quebrada, provavelmente foi usado algum objeto de dentro da jaula) como um monstro, envolto em preto, havia matado os Indivíduos A e B e estava comendo sua pele. Sua pele. Eu o perguntei sobre como o monstro usou suas garras nos cobaias. Ele me mostrou exatamente como estava fazendo ontem, os espasmos. Ao perguntar-lhe, eu percebi que ele não se lembrava do dia em que ele teve espasmos. O que isso poderia ser?



Como se as coisas já não estivessem estranhas o bastante, o Indivíduo C teve terror noturno intenso por volta das 3 da madrugada. A maioria das coisas que ele disse eram ininteligíveis, mas eu consegui entender alguns "NÃO!" e "Fique longe!". Após implicar sobre o assunto com o Indivíduo C, ele disse que essas palavras vieram do Indivíduo B durante seu sonho. Poderiam Indivíduo B e C estarem, de alguma forma, interligados?



Dia 4: 13 de Outubro, ----, 6:54



Alguma coisa está errada. Após entrar no laboratório hoje, os outros cientistas e eu achamos o corpo de um dos guardas, pele e roupas retiradas, e cortado em cinco partes. Além disso, o Indivíduo C parecia, no mínimo, mais diferente hoje. Ele parecia mais alto e sua pele estava de uma cor cinza claro. Se você olhasse de perto, perceberia uma aura preta esfumaçada, mesmo que quase imperceptível. Além disso, ele não fez nada hoje. Não dormiu, não comeu, nem mesmo se mexeu. Ele somente sentou-se num canto, observando os Indivíduos A e B. Isso parece mais e mais estar se tornando o sonho do Indivíduo C. Vamos torcer para que não acabe da mesma forma.



Por outro lado, o Indivíduo A não parece estar tendo nenhum efeito colateral. Ele está agindo como um humano normal. Claro, ele está tomando suas doses diárias, para mostrar como iria funcionar no campo de batalha.



Dia 5: 14 de Outubro, ----, --:-- PM



*Sussurro* Esse é o último aviso, se esse laboratório for um dia descoberto. Você deverá achar medicamentos no gabinete nomeado Quinina S: A. 1-A.3, NÃO ingira NADA desse gabinete, em nenhuma hipótese. Vai custar caro para você e os que estão a sua volta.



Hoje mais cedo, o Indivíduo C não parecia humano. Na verdade, eu duvido que ele era. Ele parecia ser um monstro, envolto em preto e exibindo grandes garras. Ele levantou de sua cadeira e abordou os outros dois indivíduos. O Indivíduo A jogou uma das cadeiras no vidro e o quebrou em centenas de pedaços. Pode ter sido uma tentativa de fuga. Eu desci para checar os danos. Sua tentativa deve ter funcionado, o Indivíduo C não cortou o Indivíduo A em cinco pedaços. Ele se aproximou do Indivíduo B depois. Esse aparentou estar paralisado de medo. Eu não podia culpá-lo. A coisa que já foi uma vez o Indivíduo C, tinha agora 3 metros de altura e uma aura negra intensa pulsando em sua volta a cada passo. Eu peguei essa chance de escapar para debaixo do espaço abaixo da escada. Ele ainda não me achou --- oh meu Deus. Não. Não! NÃO!! *à partir de agora, só um som de estalos pode ser ouvido e um som de um alienígena grunhindo e fazendo sons estranhos, similares ao de comer.*



Após esse experimento, Quinina S nunca foi recriada, e a Quinina T foi concebida. Após ter sido testada, os cientistas descobriram que os efeitos colaterais não iriam acontecer se a dosagem mensal não fosse usada. Portanto, Quinina T, agora simplesmente conhecida como Quinina, só é usada com as doses diárias e mensais.


Durante a Primeira Guerra Mundial, o laboratório foi redescoberto por forças aliadas que estavam levantando os danos causados. Após entrar, eles acharam por volta de 20 corpos, todos na mesma condição: cortados em cinco pedaços, com a pele removida. Em um pequeno espaço debaixo da escada, tinha um grande aparelho de gravação de áudio com uma gravação do Dr. Howard Brown. Só podemos supor o pior para o seu destino.





Fonte: Creepypasta.wikia.com

1 comentários:

  1. Já li essa em outro site, mas ainda continua ótima, mandaram bem passando pra cá. Continuem todos o bom trabalho, e desculpem a ausência nos últimos dias, tive visitas de longe nesse feriado.

    Abraços do seu amigo

    Ice Prince

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