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quarta-feira, 14 de maio de 2014

CREEPYPASTAS PERGAMINHOS DA MORTE ROGERS

A Origem - Parte 02 - Um Modo Diferente de Manter-se Vivo


"Você acha que as visões que você tem durante seu sono são meras fantasias. E, realmente, algumas são."
                    - Frase dita à Oh'Malk pelo ser envolto em sombras.


Semanas se passaram.

Oh'Malk, "O Escolhido", já havia sido integrado quase que completamente na sua nova moradia

Naquela manhã, ele estava acordado e pensava sobre essas últimas semanas. Havia sido dito para ele que ele era especial, e que serviria para um propósito muito maior do que a própria vida da tribo. Ele não entendia. Antigamente ele desejava vingança por seus companheiros, mas ao ver noite após noite toda aquele sofrimento que as pessoas faziam a si mesmas e os outros, esse sentimento aquietou-se e agora ele sentia tristeza. 

Oh'Malk bocejou e sentou-se em sua cama. Ele estava tendo pesadelos, cada vez piores. Alguns eram sobre o que acontecia durante as noites. E outros, sobre o que acontecia com ele no futuro. Passou a mão no seu rosto, e demorou-se em uma das suas novas cicatrizes. A mais recente, e mais profunda, delas, estava ali. Marcada no seu rosto para sempre. 

E até aquilo era estranho. Ele se lembrava que, diferentemente de todos os outros, ele parecia o único a se manter com juízo durante as noites. No começo, ele tentara fugir, mas sempre o achavam. Ele apenas corria e corria. Tentou até fugir da tribo uma vez, mas misteriosamente acordou em sua cama no dia seguinte. 

Quando ele percebeu que tinha que lutar, ele se preparou. E lutou. Contra homens, mulheres, e até mesmo crianças. E ainda assim, procurava não ferir muito as pessoas. Infelizmente, elas pareciam ansiar pelas próprias mortes.

Numa noite mais horrível que as outras, Oh'Malk matou alguém pela primeira vez. Era uma mulher. Ela havia aparecido do nada, enquanto ele se defendia do ataque de dois homens. Ela interceptou o ataque dele, e o deixou a mostra para os homens. Ele teve que se defender, e teve que cortar a garganta da moça para se livrar dela.

Quando ele fez isso, ele sentiu uma força tremenda por seu corpo, e uma vontade enorme de matar. Parecia muito com o desejo de vingança que há tempos estava perdido. 

Naquela noite ele matou mais de vinte pessoas. Homens, mulheres e crianças. Quando foi deitar, Oh'Malk sentiu-se satisfeito e triste ao mesmo tempo.

Mas o dia seguinte o reservava enormes surpresas. Já não haviam muitas pessoas na tribo, pois toda a noite muitos morriam ou ficavam com sequelas que acabavam matando-os horas depois. Imaginem a surpresa de Oh'Malk ao ver que exatamente as vinte pessoas que ele matou estavam ainda vivas de algum jeito, e viviam como se nada houvesse acontecido.

Naquele dia, Sal-Al explicou algo para Oh'malk. Ele disse que ele havia sido e tido como "O Escolhido" por uma razão que ele teria que entender. Até lá, ele teria que manter a tribo viva. E, para isso, ele teria que matar todos, um por um, todas as noites.

Oh'Malk acabava de se ajeitar e ainda pensava em tudo isso. Ele estava confuso, ainda tinha muitas questões que não foram respondidas. Foi quando um dos guerreiros adentrou sua tenda e disse que Sal-Al esperava em sua casa. 

Chegando lá, notou algo diferente. Uma força indescritível estava presente. Ele sentiu medo, muito medo.

Quando entrou, estava tudo escuro. Ele caminhou sem rumo durante um tempo, até que encontrou a silhueta de um ser sentado onde costumava ficar Sal-Al. 

- Sal-Al, é você?

Aquele ser ergueu-se. Era monstruoso. 

- Sal-Al não existe mais. Ele participa de algo maior agora. - Aquele ser falava em um tom gutural, extremamente forte. - Mas ele serviu para conseguir me personificar para você, pelo menos durante alguns instantes.

- Q-quem é você?

- Eu sou a guardiã dessa tribo. Tenho vários nomes. Mas isso não me importa. O que é relevante para mim agora é passar as últimas informações de como o meu receptáculo deve prosseguir. 

- Receptáculo?

- Sim,....

...Você.
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