A Origem - Parte 03 - Explicações
- Publicado por:
- Rogers
"O tamanho do seu medo é o tamanho do meu fracasso."
- Frase dita à Oh'Malk durante o ritual pela guardiã da Tribo Mors.
- Sim, você. - O ser o olhou com desprezo.
- Eu? - Oh'Malk sentiu tonturas.
- Isso. Você servirá para a minha vinda completa nesse mundo. Eu não tenho muito tempo, então serei breve. - Ela sentou-se de forma majestosa na cadeira. - Muitos acham que sou imortal, outros que me alimento das almas dos humanos. Bem, tudo isso é besteira. Eu me alimento da dor e do medo. Por isso as pessoas morrem, para me manter forte e viva. Mas esse é o problema. Isso só me mantem. Eu quero mais. Quero mais do que ficar agindo por terceiros, ou apenas esperar. Você sabe o que é ficar na escuridão, sozinho? Não que eu não goste, mas quero ver as pessoas tremeram ante a minha presença. Por isso preciso de você.
- Mas... Por que eu?
- Porque? Bem, nenhum motivo em especial. Eu poderia escolher qualquer um. O que aconteceu é que encontrei Sal-Al morto, e o levei para Sonstáh, aonde ele aprendeu a necromancia. Ele se tornou muito habilidoso, e percebi que pudia usar aquele poder com alguns conhecimentos que adquiri no submundo. Com uma magia que pude conjurar apenas uma vez, trouxe ele de volta, e entreguei alguns pergaminhos para ele. Totalizam dez. Estão guardados ali. - Ela apontou com a mão esquelética para um baú velho. - Esses pergaminhos tem um poder tão grande, que só de passar os olhos por ele já faz de você um... como posso dizer... fantoche meu.
- O que está contido nele?
- Bem, muitas coisas. Tudo está organizado em três partes. A primeira conta um pouco da história de Sal-Al, a segunda fala sobre os rituais que iremos fazer, e a terceira contém um pouco de conhecimento sobre necromancia.
- Tudo isso?
- Sim. Mas você irá usar só os rituais. Agora preste atenção: Em hipótese alguma leia qualquer parte desses pergaminhos. Ouviu bem? Quero um receptáculo, e não mais servos.
- Servos?
- De qualquer maneira você terá que escolher duas pessoas para fazer os rituais. Quanto mais próximas elas forem, melhor. Elas tem que fazer isso por conta própria e tem que ser vivas também. E claro, terão que saber que me servirão para o resto da eternidade, dentro desses pergaminhos. Eu deixei uma pequena parte do meu poder contido neles para ajudar com isso.
Oh'Malk ouviu a criatura. Ela ainda continuou falando mais algum tempo, e então disse para para ele começar os preparativos. Então, sumiu.
Oh'Malk pegou os pergaminhos e saiu a procura de pessoas dispostas a se sacrificarem. Eram muito poucos os sobreviventes das noites que permaneciam vivos e eram próximos. Mas, seja pela sorte ou pelo azar, ele achou duas irmãs, gêmeas, que aceitaram.
Elas receberam os pergaminhos e começaram a ler para entender o ritual. Estavam a mercê da morte e teriam que ser firmes.
Oh'Malk sentiu-se mal. Apesar de tudo que ele fez, e de saber que as coisas seriam muito piores se desistisse, ele sentia algo diferente. Algo que ele não sabia explicar.
E, então, semanas se passaram.
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