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domingo, 30 de novembro de 2014

Vendo o Tempo Passar e a Tinta da Parede Cair


Estava sentado com alguns amigos na garagens de casa, era uma garagem grande com um sofá de 3 lugares e algumas cadeiras. Estávamos ali, nós cinco, olhando assinaturas de amigos na parede e jogando conversa fora. De-repente tudo fica meio escuro e turvo, pareço tonto e tento me levantar...

Tudo parece tão lento até mesmo meus movimentos. Olho para baixo, me firmo na cadeira e com dificuldade tento me levantar. 
- Tudo parece ir tão devagar! 


Após me levantar percebo que já não ha mais cadeira, onde a poucos segundos estava sentado. Olho em volta e as coisas não parecem estar como antes... Começo a caminhar em direção a cozinha, em passos lentos, minha visão esta turva e vejo vultos rápidos que vem e vão, passando por mim e ao meu redor. Não da para entender nada do que está acontecendo. Penso comigo: -Eu preciso acordar, acho que dormi sentado. 

Caminho até o que parece ser a sala, e não a reconheço. -Sera que está diferente? 
Da janela percebo casas diferentes das dos meus antigos vizinho. 
- Não entendo por que, nesse sonho tudo é assustadoramente tão cinza, sem gosto, sem cheiro, sem vida.

Com como se "eras" se passassem eu volto a cozinha, agora já sem cortinhas sem moveis... - O que está acontecendo? Preciso chegar a garagem, é lá que estou dormindo!

O caminho que me leva de volta a garagem, e é tão cansativo, doloroso e fadigante que dou mil alívios ao terminar de percorrer a pequena cozinha que ficava entre a garagem e a sala. 

De volta a sala a primeira coisa que me chama a atenção é a janela com alguns vidros quebrados. Levanto a mão sem compreender, e demora para perceber que também não ha mais moveis. 

Corro o olho, olhando para o chão sujo, e vejo no canto um sujeito  agachado e encolhido de barba grande e cabelo bagunçado.

- Ei acorde! Eu disse.
O mendigo levantou a cabeça e disse: 
- Você dormi aqui cara? Não vou incomodar só estava com muita fome e frio e acabei entrando.

Eu estava assustado, mas mesmo perdido, aquele que parecia com um mendigo, parecia ter passado por piores momentos que eu. Sento-me ao lado dele, na esperança que o dia clareei novamente, e me tire desse pesadelo  sem cor e sem vida, ou que ao menos ele puxe algum assunto que torne a espera interessante. 

Mas ele nada diz, e permaneço ali, com meus pensamentos, em quanto os minutos passam como dias, e os anos como segundos, de maneira que se olhar fixamente pra parede de assinaturas, já desgasta, é possível ver pequenos flocos de tinta, ainda manchados pela tinta de pincel atômico, se descolando lentante da parede e caindo sem sessar, como que provavelmente caia o gelo la fora, no dia em que esse mendigo entrou aqui para morrer.

3 comentários:

  1. O que você anda fumando jovem? Esse conto é muito psicodélico. O

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  2. Ando conversando com vozes estranhas....

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  3. Pensei que ele tinha alzheimer (acho quebé assim que escreve) e que só se lembrava da juventude.

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