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segunda-feira, 23 de março de 2015

A Criança Ainda Não Nascida


  Havia uma garota chamada Helena que era fascinada por sobrenatural. Ela e suas amigas se reuniam diariamente após o colégio para brincar com um tabuleiro Ouija. Elas costumavam ficar a tarde inteira tentando contatar espíritos. Era apenas um passatempo. Elas faziam diversas perguntas, mas não as levavam muito a sério. Isso até o dia em que elas se comunicaram com um espírito bem peculiar.
 
  Era uma tarde comum e Helena estava com suas amigas em torno da Ouija.

  "Tem alguém aí?" Elas ficavam perguntando.

  Eventualmente, o pequeno peão moveu para a palavra "SIM".

  "Quem é?"

  O tabuleiro soletrou um nome: "A-N-A."

  "Quantos anos você tem?" Elas questionaram em seguida.

  O peão não se moveu.

  Elas continuaram com as perguntas e logo perceberam que estavam conversando com o espírito de um bebê que ainda não havia nascido. A alma dizia que iria nascer em poucos meses.

  As garotas se encantaram com isso. Elas entenderam estar falando com uma criança desencarnada... Chamavam-na de "anjo". Mantinham contato com "ANA" todo dia. Perguntavam-lhe várias coisas e aprendiam muito sobre ela. Ela revelou os nomes de seus futuros pais, a maternidade onde aconteceria o parto e até mesmo a data na qual iria nascer.

  Porém, em uma determinada tarde, por alguma razão, não conseguiram falar com ela.

  "Ana, você está aí?" Elas perguntavam, sem receber resposta alguma.

  Então, chegou o dia em que Ana disse que nasceria. Elas se agruparam novamente diante da Ouija e fizeram mais uma tentativa: "Ana, por favor, pode falar conosco?"

  "SIM." Indicou o tabuleiro.

  As garotas mal podiam se conter de tão animadas. Elas perguntavam o que havia acontecido com ela, por onde ela havia estado. A resposta lhes causou arrepios...

  "E-U-F-U-I-P-U-N-I-D-A."

  Preocupada, Helena não hesitou em perguntar o porquê.

  "R-E-V-E-L-E-I-M-A-I-S-D-O-Q-U-E-D-E-V-I-A."

  Neste ponto, uma das garotas já chorava enquanto perguntava o que havia acontecido e qual era a tal punição.

  "E-U-N-Ã-O-N-A-S-C-E-R-E-I."

  Ninguém conseguia se mover. Ninguém conseguia falar. O peão se moveu lentamente pelo tabuleiro para soletrar uma última frase:

  "I-S-T-O-N-Ã-O-É-B-R-I-N-C-A-D-E-I-R-A."

   Elas choraram por horas. Tentaram contatar Ana novamente, mas não conseguiram, pois o espírito simplesmente não estava mais lá.

  No dia seguinte, foram juntas à maternidade onde a criança nasceria e perguntaram à recepcionista sobre a mãe de Ana.

  "Deixe-me conferir." Respondeu a funcionária. "Ela está repousando em seu quarto. Vocês são família?"

  "Não... Hm... Só amigas."

  "Desculpe, mas apenas parentes próximos têm permissão para vê-la."
 
  "Nós queremos ver o bebê." Elas insistiram. "Apenas por um segundo. Não iremos perturbar ninguém."

  "Ah... Lamento ter de informar...", disse uma enfermeira, "mas houve complicações durante o parto... E o neném morreu."

  As garotas voltaram para casa e queimaram a Ouija naquela mesma tarde. Nunca mais "brincaram".


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