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domingo, 29 de março de 2015

O Terror Está Ao Seu Lado [13] - Dentro



Vagner sentia-se flutuando. Ele apenas enxergava aquela mulher, e de repente isso bastava. Ele sabia que tinha algo para fazer, mas podia deixar para outra hora. O que importava era se aquela mulher esplêndida, aquele anjo, estava feliz. Vagner faria o que ela pedisse, não importa o que fosse.

Sim, ele era dela. E seria para sempre dela...


Quando Vagner  retomou o controle da sua mente, ele estava em um galpão. O lugar era antigo, parecia com um celeiro, mas cheio de ferramentas e tralhas espalhadas. E, em cima de uma carcaça de um automóvel, estava Kevin.

- O que aconteceu? - Falou Vagner, colocando sua mão na cabeça. Ele se sentia meio tonto.

- Parece que uma espécie de Succubus ajuda a cuidar da segurança da cidade. É um demônio em forma feminina que seduz os homens e os controla. Sorte que eu consegui prever o perigo.

- E me deixou para trás? - Vagner estava incrédulo.

- Para o nosso bem! - Retrucou Kevin. - Se ela tivesse me pego também, provavelmente não estaríamos conversando agora.

- Mas funciona em você também?

- Não sei. Mas é melhor não darmos chance ao azar.

Vagner ainda estava meio zonzo... Como ele poderia ter esquecido o que o tem motivado a continuar. Como ele poderia ter esquecido sua família. Como...?

Os pensamentos dele foram interrompidos quando Kevin aproximou-se dele e disse, repentinamente:

- Temos que encontrar outro lugar. Aqui não é seguro. Bem... Na realidade não lugares seguros aqui, mas é importante nos mantermos em movimento.

Eles saíram de lá assim que não avistaram mais ninguém na rua, e se dirigiram para o lugar mais próximo.

--//--

A Succubus não demorou muito para perceber que havia "perdido" um deles. Sabia que devia mantê-los, pois eles eram importantes para a segurança do local. E ela era a responsável também. Mas apenas um mero humano não seria páreo para ela. Então ela vestiu suas asas de anjo novamente, e saiu na escuridão da noite.

--//--

A cidade demoníaca parecia uma simples vila, observava Vagner. Ele e Kevin estavam passando pelos becos e tentando se manter longe das ruas, Se um mero inseto os vissem, eles não teriam nem o pingo de segurança que tinham agora. Afinal, até mesmo algo humano poderia ser um demônio, imaginado ou não, naquela cidade.

A cidade possuía vários galpões, sendo que a maioria parecia abandonado. Ela tinha apenas três ruas paralelas e uma rua transversal. Na rua do meio, que parecia ser a principal, era a que mais humanos pareciam ficar. Eles eram como bonecos vigias, e aquilo assustava. Nas outras ruas, a quantidade era menor. As casas também eram quase sempre contínuas, quase como se todas fossem ligadas umas às outras. Elas eram simples, sendo que nos limites da cidade elas pareciam abandonadas também. Apenas no meio da cidade é que havia certos tipos de lojas, inclusive aquela que era mais movimentada e aparentava guardar alguma coisa. Muitas pessoas ficavam por lá. Vigiando.

E esses humanos eram outro mistério. Ficavam apenas andando para lá e para cá, sem direção alguma. Em algum determinado momento, Vagner pensou na situação dessas pessoas. Será que elas tinham famílias, como faziam para se manter vivos, será que comiam? Ele iria perguntar a Kevin, mas eles tinham que mudar de local novamente, e ele esqueceu depois.

Em determinado momento. eles encontram em um desses galpões e entraram. Lá, enquanto procuravam um lugar para aguardar um grupo de humanos sair, Kevin contou algo que fez Vagner se assustar.

- Esse lugar está vivo. No lugar de onde ele vem, ele serve como um local de reunião, trocas e negócios. E quando ela vem para cá, ela serve como meio de transportes. Demônios vem e voltam daqui. É um dos pontos de referência para eles.

E, além do mais, essa cidade, de alguma forma está se alimentando. Ela vem a cada lua nova para retirar a energia vital desse lugar. Por enquanto a natureza da conta de repor, mas isso é perigoso. Afinal, de certo modo, esse lugar que tem metade da sua existência na imaginação das pessoas, está afetando esse lugar de forma real e, quem sabe, permanente.

Por isso, Vagner, é importante que não estejamos mais aqui quando estiver perto de amanhecer. 

Porque se voltarmos junto com essa cidade para o lugar de onde ela vem, nós nunca mais voltaremos.


Revisado por: Rogers

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