São poucas as pessoas que possuem algum tipo de sensibilidade. Infelizmente eu era uma dessas…

Havia pouco tempo que eu tinha chegado até aqui, sempre tinha sido curiosa. O que era bom, pois eu era formada em jornalismo.

Durante uma noite de ano novo pelo menos 124 pessoas desaparecerá do nada e ao raiar do dia, somente o sangue ficará para trás. Isso causou um pânico quase que geral e fez com que a maioria dos moradores se mudasse, mas ainda havia os teimosos que resolveram ariscar. Eu havia chegado ali de madrugada, por volta das 5 da manhã e nem mesmo havia visto o nascer do sol. Existia uma sensação de perda que me assolava, mas tentei ignorar.

" Você vai me pertencer também… em breve"

Me virei e deparei o nada, aquele sussurro pareceu arranhar minha pele e gelar meu sangue. Não havia ninguém ali.

- Olá.

- Ah, oi. Quem é você?

- Você não devia estar aqui. Você nem ao menos sabe o que há aqui.

- O que há aqui?

Ao tentar toca a pequena criança, ela se esvai em névoa.

# E assim o despertador toca.

Sinceramente não ia consegui aguentar mais um sonho desses sem sentidos. Eles vinham todas as noites. Já tinha pelo menos uma semana que não consigo dormir.

Devia haver algo por trás de tudo aquilo … se eu soubesse o que me aguardava.
Eu teria sumido, mas agora é tarde.