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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O Terror Está Ao Seu Lado [20] - A Cidade de Alvorecer (Parte 01)



Durante sua jornada, Vagner havia perdido tudo que amava.

Enquanto ele andava por uma dessas estradas, ele constantemente pensava sobre isso. Qual o sentido de ficar vivo afinal? Todo o ódio que por vezes o despertava desse estado, as vezes parecia não fazer sentido algum.


Havia tempos também que os demônios não apareciam. Após os acontecimentos com sua esposa, eles ainda eram constantes. Mas depois da tentativa falha de Kevin, aquele mundo de terror parecia tê-lo deixado um pouco de lado. Tal como se ele não importasse em existir ou não.

Ou como se ele já fizesse parte do mundo sombrio deles.

E talvez ele fizesse. Vagner caminhava olhando para a frente na rua deserta, mas sua mente estava perigosamente absorta em pensamentos. Aquele mundo era o dele agora também. Ele já não podia dormir protegido. No máximo escondido. Não podia passar muito tempo em um lugar, e também não podia criar laços com ninguém. Ficava dizendo a si mesmo que era para não ser usado novamente. Mas a verdade é que ele sentia falta.

E foi durante esse furacão de pensamentos que a névoa começou a se aproximar. E quando ele a percebeu, era tarde demais.

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Marina tinha seis anos quando viu o seu primeiro filme de terror. Era sobre um demônio que aparecia durante a noite, em uma densa neblina, e matava desavisados. Era um filme trash, muito mal feito. Mas era o suficiente para uma menina de seis anos recriar esse monstro, diversas vezes pior, muitas vezes.

Três anos depois, Marina mudou-se de cidade. Hoje é a primeira noite dela em sua nova casa. Mas a única coisa que ela não consegue tirar os olhos, é da densa neblina que cerca sua casa.

Ela podia jurar ter visto pela primeira vez o monstro do filme.

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O monstro levantou o martelo e desferiu um golpe em direção a cabeça de Vagner, que tentou desviar rapidamente. Ainda assim, o golpe acertou suas costelas, e Vagner trincou os dentes de dor.

Assim que ficou de pé, Vagner deu uma  rápida olhada ao redor. Ao enfrentar monstros, tudo tem efeito. Fisionomia da criatura, do que ela é composta, local, clima, se tem pessoas por perto ou não, e até mesmo o que a criatura está usando.

Uma estrada vazia, que permaneceria um tempo assim, julgando pela falta de movimento que o local aparentava ter. Ao redor, apenas mato e umas árvores bem altas. Uma densa neblina cobria tudo que estivesse a um pouco mais de três metros de distância. Vagner sentiu um puxão onde foi acertado. Colocou uma das mãos na dor, e imaginou que estava com uma ou duas costelas trincadas. Nada que ele não pudesse lidar.

Vagner então dirigiu sua atenção a ameaça. Era um ser de dois metros de altura, magro mas aparentemente reforçado. O ser não despertava medo em si, mas sim repulsa. Vagner achou que era um pesadelo de alguém, provavelmente de uma criança, que estava ali. Além das características de altura e força, ele não possuía um corpo propriamente definido. Era com fosse feito de lama. Uma lama quase preta e muito espessa, Ele não tinha rosto, e na sua mão direita ele segurava um martelo de madeira, impossível de trincar costelas, ou mesmo de machucar muito.

Mas ele sabia que até mesmo um papel era o suficiente para qualquer um dos seres amaldiçoado fazer um baita estrago.

Vagner endireitou-se. O monstro soltou uns ruídos e inclinou-se tentando intimidar.

Vagner apenas olhou sem emoção alguma. O monstro não teria chance nenhuma.

A criatura começou a avançar. Vagner sabia que tipo de arma usar contra esses tipos de monstros, e puxou um pequeno saco de dentro de um dos bolsos do casaco.

Então, quando finalmente algo iria acontecer, um feixe de luz o cegou. Vagner teve tempo de colocar as mãos no rosto e sentir algo batendo com força nele.

E depois, não sentiu mais nada.
Revisado por: Rogers

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2 comentários:

  1. Aaaaaaiii caralho c não pode acabar as historia assim não mano kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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