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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Relatos - Parte 03 - Gêmeas De Sangue

Definitivamente, vou morrer logo. Se não for de ataque cardíaco, com certeza serão pelas coisas que andam acontecendo. Estou enlouquecendo. Eu...eu preciso achar uma maneira de me livrar dessa maldição.

Você não deve estar entendendo nada do que eu estou falando não é mesmo? Compreensível, já que nem disse o que houve da noite de ontem para cá. Eu não sei o que é pior. Se é aquela monstruosidade gigante de outro dia, ou "elas".

São seis horas da tarde agora. Estou olhando o relógio para ver se as horas passam mais devagar. Bem...eu nem sei por onde começar... 

Ontem a noite, depois que escrevi os fatos ocorridos da noite anterior, fiz um chá, para ver se me acalmava. Então o policial que estava "cuidando" do local bateu à porta, e eu fui atender:

- Boa noite policial.

- Boa noite senhor... 

- Alex. Me chamo Alex.

- Boa noite senhor Alex. Eu me chamo Nestor. Vou ficar essa noite aqui, cuidando de tudo. Não se preocupe com nada ok? Qualquer coisa, você saberá que estou aqui por perto, e é só acionar o botão disso aqui e eu saberei que estará precisando de ajuda.

Ele me entregou uma espécie de "bip". Olhei para o policial, e forcei o meu melhor sorriso, tentando agradecer. Ele aparentava estar com uns 50 anos. Parecia ser um homem que já tinha vivido muita coisa, e que estava precisando descansar do serviço. Ele era grisalho e um pouco maior do que eu. Também aparentava ser mais forte, o que na verdade não precisava de muita coisa. Depois que me despedi dele, a falsa sensação de segurança me tomou, e fui me deitar, mais relaxado. Peguei no sono rapidamente, afinal, eu estava muito cansado. E, durante o tempo que dormi, não lembro de ter sonhado. 

Então acordei com risos de garotas. Olhei o relógio. Ele apontava três da madrugada. A lua estava coberta pelas nuvens. Acendi a luz, olhei ao redor, não havia nada. Desliguei e voltei a deitar. Quando eu estava quase pegando no sono novamente, ouvi mais risos. Mais nítidos dessa vez. Abri os olhos e rapidamente liguei a luz. 

No canto esquerdo do meu quarto, perto do armário e da janela, havia uma garota. Cabelos pretos e lisos, pele branca e pálida, e vestido branco. Seu olho esquerdo estava coberto pelos cabelos. Antes que eu pudesse esboçar qualquer reação. Ela olhou para mim, inclinou levemente a cabeça para um lado, e sorriu. 

Sua boca estava vermelha, e pingava sangue. Ela começou a gargalhar. E era um riso infernal. Eu estava com muito medo, muito mesmo. Fui indo para trás, mas só encontrava a parede do meu quarto, até que minha mão direita pousou em cima do "bip" do policial. Devo ter clicado dezenas de vezes até perceber que não viria ninguém. 

A não ser aquela garota, que estava descalça e começava a vir na minha direção.

Foi aí que algo dentro de mim fez-me mover. Eu corri para fora do meu quarto, ao olhar atento daquela garota. Passei pelo corredor e pela cozinha sem parar. Eu só queria sair dali, e fugir. Quando eu abri a porta da sala e saí da casa, me deparei com o policial Nestor. 

Ele estava no chão, completamente dilacerado. Seu estômago e suas tripas estavam para fora, e ele tinha uma expressão em seu rosto de quem fora morto brutalmente. Para completar, havia uma garota, idêntica àquela que apareceu no meu quarto. Ela estava, ao que me parecia, devorando ele. Ela olhou para mim, e sorriu o mesmo sorriso sangrento. Eu não sabia se o sangue que escorria da boca dela era o seu próprio ou o do policial. Senti náuseas.

Dei um passo para trás, enquanto ela se levanta e ficava de frente para mim. Eu só pensava em como ela tinha conseguido chegar antes que eu ali, e se ela tinha matado Nestor antes ou depois. Ainda envolto nessas dúvidas, ouvi um breve riso atrás de mim. Me virei imediatamente, e o que eu vi respondeu meus questionamentos.

Havia duas delas. Iguais. 

Então, as duas sorriram, e vieram para cima de mim. Logo em seguida, eu desmaiei.

Quando eu acordei, eu estava numa cama de hospital. Alguns agentes e policiais vieram me perguntar o que tinha acontecido ontem a noite. Mas explicar realmente o que aconteceu faria eles me acharem louco. Então eu disse que ouvi uns barulhos, e quando fui para fora e encontrei Nestor naquele estado acabei desmaiando.

Nesse momento, estou escrevendo do meu quarto aqui no hospital. Como você já sabe, está escurecendo de novo. Eu realmente espero que aqui eu esteja livre dessas coisas horrendas. Não sei até quando minha mente aguentará.

Vou tentar descansar. E, quanto à você, só me resta dizer uma coisa:

Boa sorte.

2 comentários:

  1. vc se supera a cada conto *-* mtooo bom by Jhessy

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    Respostas
    1. Muito obrigado Jhessy!
      Comentários assim me motivam a escrever ainda mais *--*

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