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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Posso Ajudá-lo?

Olá, tudo bem com vocês caros leitores?


Bom, enquanto eu realizava minhas "stalkeadas" por aí, acabei descobrindo que um de nossos leitores possui um blog e que, não sei se é ela quem escreve mas, achei seus contos interessantes e bem criativos, por este motivo estarei hoje fazendo algo que não costumo fazer aqui: postar conteúdo de outro site/blog. 

Ao fim do conto estará o link para o blog de onde este conto foi retirado. Segue o texto: 


POSSO AJUDÁ-LO?

“Argh, não aguento mais. Como estou cansado.” – Tom resmungou bem baixinho.

A mulher grávida dele houvera pedido uma melancia. Sabe, aqueles desejos de gravidez? Não era época de melancia e muito menos horário pra se sair de casa. Eram 3 da manhã, ele relutou e disse que não tinha nada aberto naquela hora, mas a persuasão de sua esposa o obrigou a ir.


Ele colocou mais dois casacos, estava bem frio lá fora. Pegou seu molho de chaves eventual e se dirigiu ao carro, se despedindo de Laura. Pegou a estrada em busca de algum mercado aberto, o que era praticamente impossível devido ao horário e dia em que eles se encontravam. Depois de rodar meia-hora sem parar, ele avistou uma luz bem longe, mas, de repente, seu carro parou e não quis mais ligar.

Desceu do veículo deu uma checada, com a sua experiência pôde perceber que o problema era com a bateria do carro. Trancou o carro e foi correndo em direção à luz com esperança de estar certo em relação ao local. Chegando lá, surpresa! Estava aberto, era uma espécie de loja de conveniência, daquelas que vendem de tudo. Tom estranhou o fato de somente duas coisas estarem absurdamente baratas naquele lugar enquanto todas as outras estavam demasiadamente caras. Baterias para carro e melancias com a aparência realmente suculenta. Ele levou o cartão de crédito por segurança, então tinha dinheiro suficiente para a bateria e umas duas melancias já que ainda não tinha recebido o pagamento do serviço.

Ele pegou tudo que tinha que levar, ainda surpreso com a tamanha coincidência. Mas será que era mesmo coincidência? De qualquer forma, ele estava com muito frio e sono pra pensar nisso. Se dirigiu ao caixa, chegando lá uma moça de aparência serena e simpática lhe perguntou:

“Posso ajudá-lo, senhor?”
“Claro, eu gostaria de levar essas duas melancias e essa bateria aqui.”

“Deseja algo mais?”
“Não, só isso mesmo. É que minha mulher tá grávida e sente essas vontades malucas, entende? Mal vejo a hora de isso acabar, seria tão bom se acabasse agora. Meu lindo beb…” – ele foi interrompido abruptamente pela moça do caixa

“Com certeza, senhor. O cliente tem sempre razão. Vou providenciar imediatamente.”

Ele não teve outra opção a não ser rir já que não entendeu bem a tentativa de piada daquela moça que, de serena, passou a ter uma aparência sombria e perturbadora. Pagou o que tinha que pagar e, com muito esforço, levou tudo para o carro. Depois de 20 minutos, com a bateria no lugar e as melancias no porta-malas, ele deu partida e voltou pra casa.

Quando chegou em casa, chamou pela esposa mas não obteve resposta. Ele pensou que, como Laura estava tão cansada quanto ele, tinha caído no sono. Queria fazer uma surpresa para ela, então cortou uma melancia, colocou-a numa bandeja e se dirigiu ao quarto. Abriu a porta com o pé e entrou de costas, quando se virou desejou não tê-lo feito.

Laura esta deitada na cama e sua camisola estava cheia de sangue, ela estava fria e inconsciente. Tom checou seu pulso mas ela já estava morta. Ele olhou para a parede e viu, escrito com o sangue dela, uma mensagem que tirou o único fio de sanidade que o restava após perder a esposa e filho:

“Obrigado e volte sempre”.

Um blog de: Agnes Silva

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