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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Histórias Para Dormir - A Mulher da Cabana

Fala galera, sou eu Alan Douglas (Rooku), err... estou aqui para dar continuidade a série Histórias Para Dormir. Bom, o primeiro conto escrito e postado pelo Heliab (De Pai Para Filho) teve uma média razoável de views, no entanto, nenhum comentário. Espero que gostem do que escrevi e, se não for pedir demais, comentem para que possamos melhorar caso esteja ruim. 

Enfim, fiquem com mais um capítulo da série Histórias Para Dormir:

Tenha a certeza de ter lido o Primeiro Capítulo da série antes de ler este conto.


A Mulher da Cabana


- Está na hora de deitar.
- Pai, conta uma história?
- Claro filho! 

Em uma manhã cinza e gelada, uma linda mulher que, há alguns anos, depois de decidir deixar seu filho e o marido para trás e resolver morar sozinha, numa cabana isolada de todo mundo no meio de uma floresta a quilômetros de distância da civilização, acordou. Porém, dessa vez, diferente de todos os dias dos últimos anos, ela não estava só.

- Ah, adoro essa história papai! - interrompeu o garoto. 

Ela logo notou que nas suas costas um calor vindo de um corpo que não era o seu a aquecia. Ela se virou, espalhando os lençóis e cobertas que já estavam bagunçados e deixando uma dessas cobertas cair no chão. Ela olhou para o rosto da pessoa que estava deitado junto de si. 

- Enfim acordou, Elizabeth! - disse o homem que estava deitado com ela. 
- Não sei de quem está falando. - disse a mulher enquanto levantava nua da cama e caminhava pelo chão de terra da pequena cabana em direção a sua pequena lareira construída de barro.

O homem levantou em seguida, também nu, agachou-se para pegar a velha coberta antes derrubada nos pés da cama e notou, ao pega-la, que havia um certo odor vindo debaixo da cama. Esse forte odor o deixou curioso e fez com que ele olha-se lá. Tudo o que viu foi uma corrente amarrada ao que parecia ser um alçapão. 

O homem voltou seu olhar para a mulher enquanto colocava a coberta novamente na cama. Ela tinha um corpo lindo, sujo, mas lindo, assim como seus olhos, seu sorriso e sua voz. Então ele tirou seu olhar dela e prestou um pouco mais de atenção no local onde estava. 

Não havia divisões e muito menos cômodos. Nas paredes de madeira velha e deteriorada haviam diversos símbolos, amuletos e pedaços de animais pendurados. O telhado estava cheio de buracos e por cada um desses buracos um frio horrível entrava. 

A mulher continuava em frente a lareira, ela parecia preparar algo para o desjejum enquanto o homem continuava a notar a forma miserável do lugar. Uma mesa velha, uma única cadeira, algumas facas velhas enferrujadas, colheres de madeira e pratos de barro.

A mulher se virou para o homem e, com um olhar de desdém, aproximou-se dele e carinhosamente passou a mão em rosto, desceu pelo  peito e parou na cintura, mudando completamente a direção e pegando seu casaco que estava emaranhado com os lençóis e cobertas. Ela vestiu, deu um último olhar para o homem e saiu pela porta que mal se fechava, sem dizer uma palavra. 

O homem retirou suas roupas do meio de toda aquela bagunça e as vestiu. Assim que o fez, empurrou com força aquela cama o suficiente para que pudesse abrir o alçapão. E o abriu. O forte cheiro bateu em seu nariz e embrulhou seu estômago. Notou que havia uma escada, mas a escuridão lá em baixo era tanta que mal podia ver. 

Olhou a sua volta e notou que ao lado da lareira havia um lampião. Caminhou até lá, pegou o lampião e deu uma olhada no que a mulher preparava dentro daquela enorme panela de barro. - Meu Deus...

Virou as costas controlando-se para não vomitar e decidiu entrar de uma vez por todas lá em baixo, e o fez. O lugar parecia uma caverna úmida, algo líquido e viscoso vertia das paredes e havia uma quantidade enorme de panos e lençóis bloqueado a visão. O homem foi passando por esses panos e notou que em cada um deles havia um símbolo que se repetia em todos e um nome masculino. Esses nomes não eram estranhos para ele, sim, ela já tinha visto esses nomes no noticiário. Nomes de homens que foram decapitados e apenas o corpo, sem a cabeça, foi encontrado.

Mas o homem não se assustou, não entrou em pânico muito menos ficou com medo.

Ele continuou seguindo em frente, pano por pano até que chegou em um e notou seu próprio nome escrito ali, mas sem um simbolo. Neste instante seu coração gelou, mas ainda assim passou por aquele pano que se revelou ser o último, mostrando o maior horror que viu em toda a sua vida. Uma imensa parede com cabeças empaladas em sequência. Notava-se que a primeira da esquerda era apenas um crânio com resquícios de pele e fios de cabelo, mas a última da direita ainda estava em decomposição. 

Ele assustou-se, deu um passo para trás escorregou e caiu. Sua respiração palpitava, ele se virou e correu, correu em direção a escada subiu e, quando finalmente estava dentro da cabana novamente, notou que a mulher o esperava, com um sorriso maligno no rosto e uma daquelas velhas facas em mãos. 

- Porque Liza? Porque você continuou com isso?

O sorriso maligno se foi, e agora um leve e doce sorriso tomava conta de seu rosto, então ela começou a falar: 

- Porque? Eu ainda não completei meu objetivo, e tenho medo de nunca conseguir completá-lo. Agora vá embora, eu não posso completar esse objetivo porquê não consigo matá-lo. Essa cabana desaparecerá, os assassinatos cessarão por um tempo e um dia eu te verei de novo. Só espero conseguir tomar sua vida nesse dia.

O sorriso maligno tomou conta do lindo rosto da mulher novamente e ela avançou sobre o homem. 

Este homem acordou num hospital, já era noite e ele tinha um curativo em seu rosto. 

Os policiais ao notarem que ele tinha acordado, vieram interrogá-lo, mas tudo o que o homem pode dizer era que não se lembrava de nada antes de ter saído de casa para ir ao mercado. 

Mas a verdade é que ele não pôde entregar a mulher que ele ama. Fim.

- Papai, um dia eu quero ver a mamãe! 
- Sim, meu filho. Sinto que logo ela virá nos visitar. Agora durma, durma...


Revisado por: Rogers

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9 comentários:

  1. Essas histórias para dormir não estão tão assustadoras assim.... :|

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    1. Obrigado pelo comentário. Tentaremos melhorar nesse aspecto.

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  2. Adorei *-* adoro essas historias com finais assim; surpreendentes e reveladores

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    1. Kkk que bom que gostou as histórias são todas praticamente assim. Semana que vem tem mais um capítulo.

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  3. Primeiro o avô , agora a mãe? Familia escrota a desse pirralho '-'

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    1. Kkk você não viu nada ainda. E tem mais uma surpresa por vir

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    2. O moleque ta bem encaminhado pra vida kkkk

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Esse moleque ae via ser o proximo Michael Myers!

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