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LPSA

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Promessas São Feitas Para Serem Cumpridas

"Por que caímos?..."

Olá a todos os leitores. 

Esse é um post grande, contendo informações, explicações, desculpas, entre outras coisas, além de uma prova da promessa que farei no fim de tudo isso.
Antes de mais nada, pedimos perdão.
Escrevíamos, paramos do nada, dizemos que voltaríamos, não voltamos, falamos isso de novo, e não cumprimos. Apesar de dizer por mim, sinto como se fosse falar por todo o grupo LPSA: Desculpas.
Desculpas por esse desleixo que a maioria do nosso pessoal cometeu. Com certeza não foi nossa intenção, mas quando percebemos, estávamos assim.

Aproveito a oportunidade para agradecer aos colaboradores Laura Tude e Lucas Finger, que mesmo sem ter o apoio dos outros escritores, continuaram publicando. Entretanto eles tiveram a mais importante motivação: VOCÊS. A quem devo agradecer profundamente por continuar com o LPSA, mesmo quando ele não estava com vocês.]

Hoje é um dia importante, pois representa o verdadeiro renascimento. Palavras bonitas não é? Mas não são só palavras. Como todos vocês sabem (ou imagino que saibam), conforme vamos crescendo como humanos vamos adquirindo várias responsabilidade. Estudos, trabalho, relacionamentos, família. Infelizmente, todos crescemos. Quer dizer que o blog é, ou foi, coisa infantil? Não. Inclusive só estou passando este recado porque realmente não é. 
Claro, há diversão aqui também, mas o que eu quero dizer é que, com o tempo, outras coisas tomam o lugar do tempo livre que nós tínhamos uma vez. Portanto, muitas vezes, fica complicado achar o lugar das coisas, e a gente acaba abondando-as. 

Foi o que aconteceu com o Ler Pode Ser Assustador. Começou como uma extrema diversão, depois se tornou um hobby, e virou uma responsabilidade. Mais uma, entre tantas.

Quero dizer que, na verdade, isso é uma besteira. Eu parei para pensar, e isso não é verdade. É gratificante e incrível quando recebo o feedback de vocês, positivamente ou com alguma crítica construtiva, porque me faz me sentir bem. Muito bem. 

Não tem como isso ser uma responsabilidade, porque responsabilidade é algo que fizemos porque não queremos e não esperamos frutos. Isto (O LPSA) é algo mais. É algo que mexe com a gente. Seja por amar terror, ou por amar escrever. Mas o amor maior vem de vocês (oiiiiiin -.-) , e por isso sinto que devo corresponder.

Portanto...

"... Para podermos levantar."


Isto é mais que uma publicação. É uma CONVOCAÇÃO. Estou convocando os membros do blog a voltarem a ativa. Estou pedindo à vocês, leitores, para continuarem conosco. Por ora, eu estou com as rédeas do blog. Se quiserem entrar em contato comigo, mande um email para esse endereço: 


lpsablog@gmail.com   (lembrando que nosso blog não permite copiar/colar, então anota pra depois)


Curtam nossa page no face, que vai começar a ter postagens mais recentes também:


E aguardem por mais! 

E pra finalizar, minha promessa têm que ter uma prova não é? Então, ela está logo abaixo:



Um Conto Maldito

 Passando pela entrada da criatura, Salam ouviu seu rugido infernal. Suas pernas tremeram como nunca antes. O cheiro podre que o lugar emanava, uma mistura de corpos apodrecidos, enxofre, e algo não identificável dominava o lugar. Salam olhou por cima de seus ombros. A entrada ficava numa região remota do país. Era uma caverna imensa e escura. Parecia como qualquer outra se não fosse os corpos espalhados pelo chão e os totens feitos de animais e humanos cerca de 100 metros ao redor do lugar. Salam tremeu. Temia por sua vida. Queria fugir. Mas ele sabia que era tarde demais. Se esse fosse seu destino inicial, ele não estaria vivo nesse momento.

 Salam começou a andar a esmo. Ele não sabia o que lhe esperava, portanto não havia se preparado com iluminação alguma. Porém ele não precisou se preocupar com isso por muito tempo.

Quando ele sentia seus pés pisarem em algo escuro, gosmento e profundo, ele começou a ficar apavorado. E no mesmo instante que ele procurava algo para se apoiar, ele afundou.

 Enquanto afundava, ele tentou gritar. A massa escura e gosmenta estava por todo seu corpo. Ela grudou em seus olhos, e uma dor aguda fez sua cabeça girar. A gosma entrou na sua boca e parece ter secado fundo na garganta, trancando toda sua respiração. Salam achou que ia morrer.

Porém ele abriu os olhos. E estava numa mesa, com castiçais acesos na sua frente. Salam deu uma súbita respirada, e ficou ofegante. Colocou sua mão no peito e olhou em volta. Havia mais dois homens, da mesma idade da dele, no mesmo estado. Cada um olhou assustado para os outros, e Salam não entendia nada. Ele entrou sozinho no local, então quem era eles? O que faziam alí? O mesmo que ele? Mas não podia ser. Ou podia? Como ele estava vivo? O que era aquela massa gosmenta? E o mais importante: Onde estava a criatura?

 Foi quando ela apareceu. Imponente, do dobro do tamanho deles. Suas feições eram parecidas com as de um humano, mas era o máximo que ele seria parecido. Quatro patas, as vezes seis. Um cinto de caveira humanas e de outros seres irreconhecíveis no seu abdômen. Apenas dois braços, mas visivelmente fortes o suficiente para socarem o chão com tamanha força que poderia ser capaz de causa um terremoto. Acima das sua testa, havia duas linhas, verdes, que contrastavam diretamente com a cor do seu corpo, uma mistura de marrom com vermelho-sangue. Foi quando Salam notou isso que percebeu que aquela gosma não era preta ou cinza. Era marrom.

 O homem da esquerda, um rapaz magro de chapéu, perguntou onde eles estavam. A criatura soltou uma gargalhada que mais parecia um rugido enorme que fez as paredes tremerem. Então ela peguntou o que eles estavam fazendo ali. Não era preciso responder, mas o homem da direta falou, quase num sussurro, que era para desfazer a maldição. Salam percebeu que aqueles homens também a tinham, e sentiu compaixão, e, porque não, um pouco de felicidade e alívio por saber que não era o único.

 A criatura parecia estar sorrindo. Ela então deu uma escolha para os homens. Para se livrarem da maldição precisavam dar uma ideia que a mantivesse ativa. Salam lembrou das pessoas que perdeu por causa dela. No dia em que nasceu, um homem entrou de repente na sua casa, proferiu algumas palavras que foram perdidas no tempo, e se suicidou. Salam descobriu isso quando tinha doze anos de idade, no quintal da sua casa. Algum tempo depois, sua mãe morreu. Depois seu pai, seu quatro irmão, seus tios, sua vizinha...

 Ele não podia viver perto de ninguém. Quem entrava em contato com ele, morria. No começo, era só laço sanguíneo, mas quando esses não restavam mais, começou ser as pessoas mais próxima. Era tão forte que chegou o ponto dele apenas olhar para a pessoa, não importa de onde, que ela falecia dias depois. Ele não conseguia se matar. De alguma forma, ele era imortal. Uma terrível benção da maldição. Antes de chegar na caverna, ele vivia isolado, longe de qualquer ser vivo, porque até mesmo animais morriam perto dele.

 Salam percebeu que os outros homens era assim também, como ele.

 A vil criatura então explicou que eles tinham que criar algo diferente das outras maldições, que abrangesse mais pessoas, e que fosse melhor que os companheiros de lugar no momento. Salam percebeu que deveria ser o melhor. Então a criatura deu aos humanos um tempo para pensarem.

Eles resolveram conversar e dividiram suas histórias. Sabiam que apesar de tudo, viver nem seria tão bom no fim das contas. Alguns minutos depois, o homem da direito, chamado Albi, apresentou sua ideia. A criatura estava impaciente e parecia mal-humorada. Albi sugeriu algo envolvendo insetos e pragas. Não era uma ideia boa, nem original. A criatura apenas bufou, e Albi sumiu, do nada. Entretanto ainda era possível sentir um cheiro estranho carne podre queimada. Salam olhou para o homem da esquerda, e viu terror nos seus olhos. Salam respirou fundo e falou sua ideia. Era algo bom, muito melhor do que a de Albi. Envolvia palavras de um homem sábio, e coisas do gênero. A criatura gostou da ideia. Mas ela já havia acontecido uma vez. Então Salam morreu.

 Sobrou apenas o homem da esquerda. Ele estava aterrorizado. A criatura estava desapontada e com raiva naquele momento. Ainda assim o homem sugeriu algo novo e interessante. Através de palavras gaguejadas e voz rouca ele sugeriu que a criatura gostou. Afinal, foi ela quem lançou a maldição. Ela era a maldição.

 Depois de feito, o homem foi libertado, livre da maldição. Mas com uma culpa que ele não saberia se poderia aguentar.

 O homem havia escrito um texto. Seu título era: Um Conto Maldito.

10 comentários:

  1. Porra Rogers, brigadão por voltar cara, eu espero que todo mundo volte junto com vocÊ e que não falte mais contos TÃO BONS como esse que você acabou de mandar! OBRIGADO CARA!

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    1. "É nóis" Heitor!
      Obrigado mais uma vez pelo teu feedback. Sempre foi muito importante.
      E obrigado pelo elogio, é sempre um prazer ouvir isso! ^^

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  2. Olá, amigo. Eu nem sabia que você tinha um blog. Eu fiquei muito feliz com a notícia. Precisamos conversar mais sobre o blog, como funciona, quem pode postar, como postar, o que postar. Gosto também de escrever, mas não quero tem um blog. Quem sabe, de repente, eu não posso colaborar mandando alguns contos? Um abraço, amigooooooooooooooooooo

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  3. Olá, meu nome é Alan Douglas, fundador do LPSA e criador de uma grande confusão entre os membros do blog.

    Confusão essa que resultou na minha saída do LPSA, coisa que eu realmente não queria. Bom, infelizmente meu jeito errado de ser não me permite mais que isso, mas pode ter a certeza de que o recado que darei é da mais pura sinceridade:

    Peço desculpas as pessoas que magoei aqui no blog, fui arrogante, infantil e uma pancada de coisas a mais. Não há explicação que justifique minha forma de agir, mas com o passar do tempo, notei que o LPSA era muito mais pra mim. O blog é realmente importante pra mim, do mesmo jeito que as pessoas que magoei também são. E sé me dei conta disto quando a nostalgia bateu e me peguei diversas vezes vendo as postagens e os comentários no blog, e além, todas as vezes com aquele sentimento de arrependimento no peito.

    Como a publicação feita aqui explica, adquirimos outras responsabilidades, essas de peso maior, mas jamais deveria-mos ter deixado nossos companheiros e o blog e, como sugerem o retorno dos membros do blog...

    Lhes deixo uma humilde pergunta:

    - Poderia eu voltar a fazer parte da equipe?

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  4. Eita porra!!! O conto era a maldição?vishhhh

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    1. Isso aí! :)
      Obrigado pela leitura e pelo comentário! Abração!

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  5. Rogers, obrigado por ter voltado. Depois de todos esses anos é praticamente impossível encontrar um acervo com tantos contos de boa qualidade como os do LPSA. Falo isso porque já visitei diversos blogs em busca de contos e uma coisa que sempre me irritava era a ortografia e falta de revisão nos textos.
    Agradeço pelo nível de qualidade do trabalho de vocês e preocupação em sempre nos oferecer materiais excelentes para ler.
    Aliás, muito bom esse Um Conto Maldito, bate até uma sensação de "oh shit, fodeu" kkkkkkkk
    Abs :D

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    1. Gabriel, obrigado também pelo teu comentário.
      Saber que estamos nos tornando uma referência para vocês nos anima cada dia mais!
      Ainda estamos com alguns problemas e falta de pessoal, mas tudo vai ser ajeitar, esteja certo disso.
      E obrigado de novo pelo elogio da creepy. Criar nem sempre é fácil, e fico muito feliz que tenha gostado!
      Abraços!

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