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quinta-feira, 4 de maio de 2017

O Terror Está Ao Seu Lado [29] - O Som do Silêncio (Parte 02)



Vagner ficou parado no mesmo lugar que havia se agachado. O demônio a sua frente não se comparava a nenhum que ele já havia enfrentado. Mesmo em um de seus melhores dias, Vagner não derrotaria aquele monstro.

Tudo o que restava agora era conseguir sair de lá. Mas qualquer passo, qualquer pequeno barulho que fosse, Alu escutaria. E tudo estaria terminado.

Enquanto Vagner pensava, Alu começou a movimentar-se lentamente. Ele não possuía ouvidos, mas escutava extremamente bem. Quando Vagner percebeu, Alu olhava em sua direção.

Segundos se arrastaram. "Ele me viu?", Vagner pensava. Alu não parecia ter visto, mas caminhava na sua direção. Sua enormes patas pisando firmes no chão.

Vagner não conseguia saber o que estava havendo e começou a respirar pesadamente. "Não estou fazendo barulho algum! Por que ele continua vindo?...", ele pensava, "... A não ser que..."

Vagner então trancou sua respiração.

Alu parou repentinamente, como se tivesse perdido algum tipo de sensor, mesmo que enxergasse muito bem. Ainda assim, ele ficou parado imóvel, apenas escutando.

Assim como Vagner imaginava, Alu não era estúpido. Ele sabia que sua presa precisava respirar em algum momento, além de saber que dessa vez não caçava um mero animal perdido na floresta. Sua presa agora requiria mais atenção.

Vagner não podia ficar do jeito que estava pra sempre. Então teve uma ideia.

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Alu ouviu algo nas folhas secas logo a sua frente. A presa havia finalmente cometido o erro que a entregaria. Ela não sabia que havia apenas uma escolha naquele embate. Alu rastejou rapidamente e furiosamente, com sua enorme boca aberta, pronta para abocanhar sua caça. Mas o único gosto que sentiu foi da madeira seca de uma árvore daquela floresta. Ainda atordoado e procurando colocar seus pensamentos em dia, Alu sentiu algo sair dos seus dentes, provavelmente o resto da última refeição, e percebeu que fora enganado. Ele se virou para a presa, que agora corria sem ter cuidado nenhum, urrou de desprezo, e recomeçou sua caçada.

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Provavelmente Vagner demoraria para ter uma sorte que nem aquela, se é que podemos chamar de sorte. As coisas saíram muito melhor do que ele esperava. Agora ele corria, surpreendendo-se como ele conseguia ser tão ágil, e pensando quais eram as probabilidades da sua mochila estar presa nos dentes de Alu. Estava tudo lá dentro ainda, e nada havia sido mexido. Entretanto era questão de tempo até o demônio o alcançar. Vagner olhou para a mochila. Estava tudo lá. Então Vagner olhou um barranco que havia na terra e deslizou para dentro.

Alu fez um movimento rápido e pulou atrás de sua presa. Vagner aproveitou que o demônio estava passando por cima dele e cravou a adaga que ele recém havia adquirido. O rubi encrustado nela brilhou intensamente e piscava toda a vez que Alu urrava de dor. E, em poucos segundos, apenas a adaga estava no chão selvagem da floresta.

Vagner a pegou e olhou para o rubi que ia aos poucos ficando menos brilhante. Nesse momento ele percebeu que a adaga era um problema muito grande.

Mas era um problema útil. E um problema que ele iria resolver.

Ele a guardou novamente e retomou seu caminho.

Revisado por: Rogers

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