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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PESCANDO COM CORPOS


Existe uma ilha de pescadores ao sul da china, lá as pessoas escolheram viver longe da sociedade, de suas tecnologias, crenças, culturas e superstições. Eles vivem do extrativismo local, e da pesca, produzem apenas para o próprio sustento. E NÃO ACEITAM  DE ESTRANHOS.

Certa noite, o silêncio da praia é quebrado, quando um pequeno barco bate contra o pequeno píer. Logo, as pessoas que moravam ali nas proximidades, chegaram para ver o acontecido. Algumas delas acharam ser uma praga ou algo mal, enviado do ocidente, pois eram 3 da manhã do dia 31 de outubro,  dia das bruxas.


Mas logo o medo do desconhecido passou, quando dos destroços do píer é retirado o rapaz que conduzia o barco. Ele tinha um rosto conhecido, e ao olharem nos documentos que ele carregava consigo, viram que realmente se tratava de alguém conhecido.

O rapaz foi levado desacordado para a casa de uma senhora. Já era quase meio dia quando ele acordou, e não se lembrava de nada. Nem do próprio nome. 

Naquela manha conversando com a velha, descobriu que se chamava Lei Kong e que tinha saído da ilha há 7 anos. Mas ele parecia um pouco diferente. 

Infelizmente para ele, o motivo de ter saído há muitos anos da ilha, foi porque sua família estava com uma doença grave, sua mãe e pai estavam de cama, e sua irmã mais nova estava começando a apresentar os mesmos sintomas da doença. Na ilha não havvia médicos, apenas uma velha. A velha tinha ervas que ela mesma plantava e que usava para curar os moradores.

Por ignorância, eles proibiram de chamar algum outro médico de alguma cidade vizinha. Mas, quando a pequena garotinha começou a adoecer, Lei se viu obrigado a sair escondido com antigo barco do pai para buscar ajuda.

Depois de lhe contar tudo, a velha o convidou para comer, ele disse estar sem fome, e saiu em busca da casa da família. 

Enquanto caminhava passou pelo píer, havia tinha alguns pescadores concertando. Eles o chamaram para pescar a noite, e ficou combinado de saírem logo no final da tarde.

Uma cabana velha com o teto caído, isso é o que restou de sua antiga casa. A doença tinha matado toda a sua família antes que ele chegasse com ajuda. Ao entrar nos destroços da casa, suas lembranças ao poucos começam a retornar enquanto ele caminhava por lá. Em 1 segundo elas voltaram completamente, quando achou pelo chão o antigo diário de sua irmã. Ele se sentou e começou a folhar o pequeno diário.

Já estava começando a escurecer, e Lei ainda não tinha retornado de sua busca por respostas então, os pescadores saíram sem a sua presença. 

Já estava um pouco escuro quando a velha senhora viu o rapaz entrar pela porta da frente, mas com um olhar diferente, com um olhar sombrio.

Com dor de cabeça, ela acordou amarrada a uma cadeira com a boca tapada com um pano.

Ele chegou a ela e disse:

- Hoje as pessoas dessa ilha saberão como é ver as pessoas que gostam morrer e não poder fazer nada. 

Ele entrou nas poucas casas que havia, arrastou as esposas desesperadas de dentro de suas casas, as levou no píer e matou uma a uma, com uma marreta que estava sendo usada na reforma do píer. 

Aos poucos ele vinha e trocava algumas palavras com a velha.

- Você sabe como é ler nas palavras de uma criança, a morte de sua família?

- Como vocês conseguiram viver com a morte da minha família em sua consciência?

- Por quê? Por quê? Os deixou a míngua? Como permitiram que morressem sem nenhum cuidado?

Quase meia noite os pescadores voltam assustados, amedrontados, pois aviam sidos avisados pelo sangue que vinha do píer e se misturava a água do mar.

Eles não conseguiram matar o rapaz, pois ele havia morrido no mar enquanto voltava do continente com um remédio que o médico com quem conseguiu, afirmou resolver o problema de sua família. Porém, o garoto morreu no mar, aos 17 anos, ele ainda não tinha habilidade suficiente para velejar perto da ilha, onde as ondas empurram o barco para os grandes corais. 

A única que Lei permitiu sobreviver foi a velha, ele não a matou por ser a única a oferecer a ajuda de suas ervas, embora sem resultados. Ela o viu arrastar os pescadores para o mar, para as sombras, para lugares aleatórios, onde os deixava inconscientes, e em um vulto os trazia a praia novamente, mas com um anzol nas entranhas, ela o viu matar um a um arrancando com força os anzóis e tirando pedaços de tripas e estômago, e os jogando ao mar, como se fossem iscas em um anzol.

Por fim, a meia noite, a velha foi desamarrada, ela pode ver o rapaz entrar no antigo barco da família e sumir como uma nevoa, se despedindo e dizendo sorridente:


“Gostosuras ou Travessuras”

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