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domingo, 14 de fevereiro de 2016

O Mistério dos Barkers


Matthew e Anna. Irmãos gêmeos. Filhos de Judith e Scott. Viviam em uma cidadezinha rural, nos EUA. A família vivia feliz, até que uma desgraça aconteceu. 

Jonas Mirtle acordou as 4 horas da manhã ao som de gritos, choro e pancadas na sua porta. Era uma criança, ele soube na hora. Correu até a porta e a abriu, era o pequeno Matt. Desesperado, em prantos e o que mais espantou Jonas, o garoto estava todo ensanguentado. 

- Deus, o que houve com você?! Você está bem? Jesus Cristo!

Jonas se assustou mais ao ouvir o que o garoto soluçava a dizer. - Marry! Chamou Jonas enquanto trazia o garoto para dentro de sua casa. - Cuide dessa criança, algo horrível aconteceu com os Barkers! - disse o homem e logo após se dirigiu para o quarto, voltou de lá vestido e com uma espingarda em mãos. 

- Meu Deus, o que aconteceu Jonas? 
- Aqui, fique com isso - entregou a sua esposa uma pistola - vou até a casa do Barkers.

O homem saiu de casa, entrou em sua caminhonete, bateu a partida três vezes até que por fim pegou e saiu acelerado. Dali até a casa do garoto eram mais de 4 quilômetros. A escuridão tomava conta da estrada estreita de terra, enquanto dirigia Jonas rezava a Deus e imaginava o que a pequena criança poderia ter passado. 

A casa de Jonas era a mais próxima da casa dos Barkers. Dali para a delegacia mais próxima eram cerca de 25 quilômetros. Jonas não tinha telefone em casa, não lhe restará outra opção se não ir a casa dos Barkers e rezar para que o que quer que tenha acontecido, não o fizesse de vítima também. 

Enquanto isso, Marry estava a cuidar do pequeno Matthew. Ela tentava fazê-lo falar mas o garoto estava em estado de choque. Seus pequenos pés descalços, esfolados, sujos e sangrando. 

- Meu Deus, você veio descalço de sua casa até aqui? O que aconteceu? 

Mas o garoto não conseguia responder a nada. 

Jonas finalmente chegou a casa dos Barkers, desceu de sua caminhonete sem nem ao menos desligá-la ou fechar a porta. Não bateu palma ou chamou por alguém. Notou que a porta da frente estava aberta e a luz da janela da sala acesa. 

- Scott? - ele chamou. - Judith? - e lentamente, com sua espingarda em mãos, foi adentrando a casa. Logo notou gotas e marcas de sangue pelas paredes e pelo chão. Ele podia sentir o forte cheiro e não precisou mais chamar por Scott, pois encontrou seu corpo em cima do sofá da sala, com uma faca cravada no peito. Scott com os olhos abertos, sem vida. 

- Meu-Deus. 

Jonas fechou os olhos do que um dia foi seu amigo e saiu da sala, rezando para que o mesmo não tivesse acontecido a sua mulher e nem a sua filha. Mas uma trilha de gotas de sangue o levaram até o quarto de Scott, onde sua mulher estava deitada em sua cama ensanguentada. Jonas se aproximou, seu coração estava acelerado, em toda sua vida nunca tinha visto algo assim. 

Judith tinha sido degolada.

- Deus... - ele pedia a Deus para que pelo menos a garota estivesse bem. Saiu do quarto e foi para o corredor, passou o banheiro e chegou a ultima porta. Essa era a porta do quarto das crianças. 

O quarto estava tomado pela escuridão. Ele hesitou ao acionar o interruptor, mas o fez. Largou a espingarda e ajoelhou-se ao lado do corpo da pequena Anna. 

Ela estava morta. 

Nunca foi encontrado o responsável pelo assassinato da família Barker. Mattew, gêmeo fraterno de Anna, foi o único sobrevivente, o único a escapar do massacre. O garoto passou por um breve tratamento psicológico e foi levado a um orfanato. Ele foi interrogado, mas nunca soube dizer o que havia acontecido. O choque foi muito grande para ele e, por ordens do estado, preservaram sua infância e o ocorrido foi "esquecido". 

As autoridades passaram anos investigando, mas sem sucesso. 

Pouco mais de um ano no orfanato o garoto foi adotado por uma família de estrangeiros. A nacionalidade do casal e o nome dos mesmo foi ocultado por questões de sigilo. O garoto também teve seu nome alterado. 

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